Barreiras e fatores determinantes ao consumo de alimentos orgânicos: uma análise de perfil e preferências em feiras livres de uma Capital
DOI:
https://doi.org/10.62827/nb.v23i4.3037Palavras-chave:
Alimentos orgânicos; sistema alimentar sustentável; agricultura sustentável; agroquímicos.Resumo
Introdução: A agricultura orgânica surgiu como alternativa à produção convencional, marcada pelo uso de agrotóxicos e aditivos químicos, buscando oferecer alimentos mais saudáveis e sustentáveis. No Espírito Santo, as feiras orgânicas têm se multiplicado, favorecendo o acesso e o consumo desses alimentos. Objetivo: Analisar o perfil socioeconômico dos consumidores de alimentos convencionais e orgânicos e identificar os fatores determinantes e barreiras que influenciam o consumo de alimentos orgânicos em feiras. Métodos: Estudo descritivo e exploratório, de abordagem quantitativa e qualitativa, realizado em duas feiras de Vitória – ES. Questionários estruturados foram utilizados para coletar dados socioeconômicos e sobre a frequência de consumo. A análise incluiu estatística descritiva e agrupamento hierárquico (Cluster) para identificação de perfis de consumo. Resultados: A maioria dos consumidores de alimentos orgânicos eram mulheres (63,41%), casadas (58,72%) e com ensino superior completo (56,88%). Entre os consumidores de orgânicos, 41,28% afirmaram consumir esses alimentos sempre. Os principais fatores motivacionais foram a saúde (89%) e a ausência de agrotóxicos (75%), enquanto o preço elevado (25%) foi a principal barreira ao consumo. Conclusão: O consumo de alimentos orgânicos é influenciado por fatores socioeconômicos, com maior adesão entre mulheres, casadas e escolarizadas. O preço e a disponibilidade dos produtos são barreiras significativas ao aumento do consumo. Estratégias educacionais e políticas públicas são recomendadas para promover o acesso e o consumo de alimentos orgânicos.
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