Suplementação de probióticos na modulação intestinal em indivíduos disbióticos com depressão: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.62827/nb.v23i3.3023Palavras-chave:
Probiótico; microbiota; disbiose e depressão.Resumo
Introdução: Os probióticos intestinais desempenham um papel importante na comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro. A disbiose intestinal é caracterizada por alterações na atividade e na distribuição da microbiota intestinal, com predomínio de bactérias patogênicas sobre as benéficas. Esse desequilíbrio resulta no aumento da permeabilidade intestinal e na diminuição da seletividade na absorção de toxinas, bactérias, proteínas ou peptídeos, contribuindo para a inflamação local e sistêmica. Embora as interações entre cérebro, intestino e microbioma sejam multifatoriais e ainda não completamente esclarecidas, o sistema vagal atua como um canal de comunicação entre a microbiota e o cérebro. Objetivo: Avaliar estudos recentes sobre a suplementação de probióticos na modulação intestinal em pacientes disbióticos com depressão. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com levantamento bibliográfico efetuado no mês de janeiro de 2020 nas bases de dados eletrônicas Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed. Após a aplicação dos filtros, foram selecionados 30 artigos, dos quais 25 foram excluídos conforme os critérios de exclusão: leitura de título, resumo e artigo na íntegra. Resultados: Os estudos sugerem que a suplementação de probióticos apresentam impacto positivo na modulação da microbiota intestinal, com resultados promissores para reduzir os sintomas depressivos. Além disso, os psicobióticos, uma classe de probióticos que produz substâncias neuroativas, também mostraram benefícios significativos na modulação do sistema regulador e na resposta ao estresse. Conclusão: A utilização de probióticos em indivíduos disbióticos com depressão parece ser uma estratégia eficaz na redução dos sintomas depressivos.
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