Ortorexia nervosa no Sul de Santa Catarina: uma análise observacional em tempo de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.62827/nb.v22i6.5b03Palavras-chave:
covid-19; transtornos mentais; ortorexia nervosa.Resumo
Introdução: A pandemia da COVID-19 gerou um impacto significativo na saúde mental global, com um aumento observado nos transtornos alimentares, incluindo a ortorexia nervosa. Esta condição é caracterizada pela obsessão por uma alimentação excessivamente saudável, afetando negativamente aspectos sociais e ambientais. Objetivo: Este estudo visa analisar os traços de ortorexia nervosa durante a pandemia da COVID-19, utilizando um questionário virtual para coleta de dados. Além disso, busca-se investigar a relação entre ortorexia nervosa, idade, sexo e índice de massa corporal (IMC). Métodos: A pesquisa foi conduzida de forma transversal, utilizando um questionário online hospedado no Google Forms. A amostra consistiu em residentes de cidades do sul catarinense. O questionário incluiu informações demográficas e o formulário Orto-15 para avaliar a ortorexia nervosa. Os testes estatísticos foram realizados com um nível de significância de α = 0,05. Resultados: A análise dos dados revelou uma média de idade de 22,70 anos, com predominância do sexo feminino (84,6%). A pontuação média no questionário de ortorexia nervosa foi de 33,72, indicando uma tendência abaixo do ponto de corte para diagnóstico da condição. Não foram encontradas associações significativas entre ortorexia nervosa, idade e IMC, porém houve uma associação significativa com o sexo, com níveis mais elevados observados entre mulheres.
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