Reações adversas a alimentos em crianças de 7 meses a 10 anos da Baixada Fluminense
DOI:
https://doi.org/10.62827/nb.v24i1.3053Palabras clave:
Hipersensibilidade Alimentar; Ingestão de Alimentos; Intolerância Alimentar; Reações Adversas a Alimentos; Saúde Infantil.Resumen
Introdução: As reações adversas a alimentos representam um desafio significativo para a saúde infantil, especialmente em regiões com menor acesso a serviços especializados. Na Baixada Fluminense, compreender a prevalência dessas reações e seus impactos é essencial para embasar estratégias de cuidado e educação alimentar. Objetivo: Investigar a prevalência de reações adversas a alimentos em crianças de 7 meses a 10 anos na Baixada Fluminense e analisar os impactos na saúde infantil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e exploratório com 121 participantes. Os dados foram coletados por meio de questionários online respondidos pelos pais e responsáveis, abordando informações demográficas, histórico de reações, diagnóstico clínico e adaptações dietéticas. A análise incluiu estatísticas descritivas para caracterizar a amostra e os principais achados. Resultados: Foi identificado que 26,5% (n=32) das crianças apresentaram reações adversas a alimentos, com leite, ovos e camarão como os principais gatilhos. Apenas 28,1% (n=9) dos casos possuíam diagnóstico formal de alergias ou intolerâncias alimentares, evidenciando lacunas no acesso ao diagnóstico especializado. Os sintomas mais frequentes foram reações cutâneas, gastrointestinais e respiratórias, com muitas famílias enfrentando dificuldades para ajustar a dieta. O suporte profissional foi majoritariamente realizado por pediatras, com baixa participação de nutricionistas. Conclusão: destaca-se a necessidade de aprimorar os métodos diagnósticos, ampliar a atuação multiprofissional e implementar ações educativas para apoiar as famílias. Tais medidas são essenciais para prevenir complicações e promover a saúde e a qualidade de vida das crianças com reações adversas a alimentos na Baixada Fluminense.
Referencias
Lopes WC, Marques FKS, Oliveira CF, Rodrigues JA, Silveira MF, Caldeira AP. Alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida. Rev Paul Pediatr. 2018;36:164-70. doi:10.1590/1984-0462/2018;36;3;00003.
Araújo NR, Freitas FMNO, Lobo RH. Formação de hábitos alimentares na primeira infância: benefícios da alimentação saudável. Res Soc Dev. 2021;10(15):e238101522901. doi:10.33448/rsd-v10i15.52290.
Figueiredo DH, Rodrigues AP, Silva LM. Avaliação da prevalência de alergias e intolerâncias alimentares e do consumo alimentar de escolares matriculados em escolas municipais no interior de São Paulo. J Health Sci Inst. 2021;39(2):116-32. Available from: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1517005.
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Alergia alimentar. São Paulo: ASBAI; 2018. doi:10.5935/2526-5393.20180004
Gonçalves SOA, Saron MLG. Adesão ao tratamento dietético e evolução do estado nutricional de uma criança com alergia alimentar múltipla: relato de caso. Rev Valore. 2023;8:30-40. doi:10.5281/zenodo.4024031.
Malucelli M, Farias R, Mello RG, Prando C. Biomarkers associated with persistence and severity of IgE-mediated food allergies: a systematic review. J Pediatr (Rio J). 2023;99(4):315-21. doi:10.1016/j.jped.2022.08.005.
Araújo LCS, Torres SFR, Carvalho MA. Alergias alimentares na infância: uma revisão da literatura. Rev Uningá. 2019;56(3):29-39. doi:10.46311/2318-0579.
Barros DM, Moura DF, Monte ZS, Lima CVB, Ribeiro ANS, Silva MM. Alergia e intolerância alimentar: uma revisão de literatura. Braz J Dev. 2023;9(4):13273-83. doi:10.34117/bjdv9n4-464.
Turnbull JL, Adams HN, Gorard DA. Review article: the diagnosis and management of food allergy and food intolerances. Aliment Pharmacol Ther. 2015;41(1):3-25. doi:10.1111/apt.13003.
Tuck CJ, Biesiekierski JR, Schmid-Grendelmeier P, Pohl D. Food Intolerances. Nutrients. 2019;11(7):1684. doi:10.3390/nu11071684.
Du Toit G, Roberts G, Morgan G, Fleischer DM, Lacour M, Becker S, et al. Early consumption of peanuts in infancy is associated with a low prevalence of peanut allergy. J Allergy Clin Immunol. 2008;122(5):984-91. doi:10.1016/j.jaci.2008.08.039.
Koplin JJ, Martino D, Pendlington P, Tan H, Sargent P, Surette A. Epidemiology of egg allergy and the relationship with early introduction of eggs: An observational study. Clin Exp Allergy. 2010;40(4):578-89. doi:10.1111/j.1365-2222.2009.03480.x.
Nwaru BI, Erkkola M, Ahonen S, Lamberg-Allardt C, Niemi M, Virtanen SM. Timing of infant feeding in relation to childhood asthma and allergic diseases. J Allergy Clin Immunol. 2010;126(1):107-13. doi:10.1016/j.jaci.2010.03.022.
Gomes RN, Silva DR, Yonamine GH. Impacto psicossocial e comportamental da alergia alimentar em crianças, adolescentes e seus familiares: uma revisão. Arq Asma Alerg Imunol. 2018;95-100. doi:10.5935/2526-5393.20180007.
Dias SGS. A alergia alimentar e o impacto na criança e na família [dissertação]. Coimbra: Universidade de Coimbra; 2016. Available from: https://hdl.handle.net/10316/36668.
Patriarca G, Schiavino D, Pecora V, Lombardo C, Pollastrini E, Aruanno A. Food allergy and food intolerance: diagnosis and treatment. Intern Emerg Med. 2009;4(1):11-24. doi:10.1007/s11739-008-0157-y.
Trigueiro LCL, Freitas FN, Oliveira APS. Perfil sociodemográfico e índice de qualidade de vida de cuidadores de pessoas com deficiência física. Fisioter Pesq. 2011;18:223-7. doi:10.11606/issn.2318-5104.
Agência Brasil. Mulher é principal responsável pela criança no domicílio, aponta IBGE. Brasília: Agência Brasil; 2017. Available from: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-03/ibge-mulher-%C3%A9-principal-responsavel-pela-crianca-no-domilicio
Brasil. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo Escolar da Educação Básica 2022: Resumo Técnico. Brasília: INEP; 2023. Available from: https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/resumo_tecnico_censo_escolar_2022.pdf
Brasil de Fato. Prevalência de sobrepeso e obesidade aumenta entre crianças brasileiras. Brasil de Fato; 2024. Available from: https://www.brasildefato.com.br/2024/04/01/prevalencia-de-sobrepeso-e-obesidade-aumenta-entre-criancas-brasileiras/
Ministério da Educação. Obesidade infantil no Brasil. Brasília: MEC; 2022. Availabre from: https://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/obesidade-infantil
Sicherer SH, Sampson HA. Food allergy: A review and update on epidemiology, pathogenesis, diagnosis, prevention, and management. N Engl J Med. 2018;379(4):362-71. doi:10.1056/NEJMra1714467.
Vieira MC, Ferreira PM, Silva CJ. Impacto do acompanhamento nutricional em crianças com alergia alimentar. Rev Bras Cienc Nutr. 2021;36(2):150-8. doi:10.13140/RG.2.2.28253.56803.
Lieberman P, Nicklas RA, Oppenheimer J, Birnbaum E, Greenberger PA, Kemp SF, et al. Epidemiology of anaphylaxis: findings of the American College of Allergy, Asthma and Immunology Epidemiology of Anaphylaxis Working Group. Ann Allergy Asthma Immunol. 2010;105(6):471-6. doi:10.1016/j.anai.2010.10.022.
Simons FER, Arguelles L, Lee J, Anthony M. World Allergy Organization anaphylaxis guidelines: summary. J Allergy Clin Immunol. 2015;135(3):574-81. doi:10.1016/j.jaci.2015.01.043.
Panesar SS, Joppi R, Diamond G, Richardson A, Rader J. The epidemiology of anaphylaxis in Europe: a systematic review. Allergy. 2013;68(11):1353-61. doi:10.1111/all.12272.
Savage J, Fischer R. Epidemiology of food allergy. J Allergy Clin Immunol Pract. 2016;4(5):986-94. doi:10.1016/j.jaip.2016.07.006.
Turner PJ, Campbell DE, Kapoor S, Prakash A, Perry TT. Managing food allergies: a systematic review of current recommendations. Clin Transl Allergy. 2021;11:e12011. doi:10.1002/cta2.12011.
Carrera M, Lopez E, Garcia N, Ramos V, Torres J. Allergic reactions to foods in children: Epidemiology and management. J Pediatr Allergy Immunol. 2020;31(1):12-23. doi:10.1111/pai.13234.
Allen KJ, Boyle RJ, Campbell DE, Briner W, Sampson HA. Dietary management of food allergies: A practical approach. J Allergy Clin Immunol Pract. 2021;9(2):335-42. doi:10.1016/j.jaip.2020.11.010.
Venter C, Ekbom P, Skevakis E. Management of cow's milk allergy: From diagnosis to prevention. Clin Transl Allergy. 2021;11:3-10. doi:10.1002/cta2.12009.
Dunggalvin A, Hourihane JO, Stennett R. Impact of food allergy on quality of life. Pediatr Allergy Immunol. 2019;30(4):402-13. doi:10.1111/pai.13051.
Akdis CA, Arbeitman L, Arsuaga F, Schatz M, Waidanapathirana N. Pathogenesis of atopic dermatitis: disease mechanisms and novel therapeutic targets. Allergy. 2020;75(1):144-66. doi:10.1111/all.13988.
Kokkonen M, Hakkarainen J, Loponen J. Cow’s milk-related symptoms and quality of life in children evaluated with the double-blind, placebo-controlled food challenge. Acta Paediatr. 2019;108(3):537-43. doi:10.1111/apa.14591.
Noble L, Dawson P, Clark E. Pediatric gastroesophageal reflux clinical practice guidelines. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2020;70(4):483-97. doi:10.1097/MPG.0000000000002629.
Venter C, Meyer R, Nutten S. Managing the diet of children with food allergies: practical tips and challenges. Clin Transl Allergy. 2021;7:6. doi:10.1002/cta.12105.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 André Manoel Correia dos Santos, Lilian Ceciliano da Costa Repossi (Autor)

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.