Vamos falar de exclusão social?
DOI:
https://doi.org/10.62827/ei.v13i1.1005Abstract
Muitas pautas são levantadas em prol da inclusão social no Brasil, entretanto, sugerimos nesse editorial, dar um passo atrás e refletir sobre a não exclusão. A inclusão social já parte da ideia de “exclusão da sociedade”, que é uma condição e precisa ser discutida, pois se refere aos processos que restringem a capacidade de indivíduos ou grupos de participarem plenamente da sociedade. No entanto, gostaríamos de convidá-los a pensar nas possibilidades que antecipam esse fato e possivelmente reduzam o sofrimento dos sujeitos diretamente afetados. Há pelo menos três aspectos que podemos destacar quando tratamos de não excluir socialmente, são: a orientação dos processos ou de forma mais clara, falemos em educação, o trabalho e a valorização dele e por fim, unificando, a justiça social. A exclusão social é uma denominação que simboliza a falta de oportunidades igualitárias aos diferentes sujeitos que pertencem a mesma sociedade, portanto não podem ser excluídos de fato, mas são varridos às margens e banidos dos direitos de usufruir daquilo que também lhes pertence. A saúde pública tem um papel importante a desempenhar na defesa dos grupos socialmente excluídos e na adaptação de políticas para atender às suas necessidades. O nível persistentemente alto de processos que empurram para a exclusão social, destaca ainda uma falta de progresso na mudança do pensamento ou na intenção, para a redução das desigualdades ao longo do tempo em nosso país. Existe ainda um jogo das relações de poder que alterna entre a não exclusão e a exclusão intencional como forma de controle social. Numa ponta o discurso sobre liberdade e autonomia; noutra a manutenção de um status quo que convém a uma pequena parcela da sociedade. Essa condição necessita de reflexões e redefinições nas esferas do pensamento acadêmico, político e social.
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Copyright (c) 2025 Marco Orsini, Micheli Verginia Ghiggi (Autor)

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