Eficácia de uma cartilha educativa impressa para aumento da prática de atividade física de pessoas idosas
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v26i3.1067Palabras clave:
Educação em Saúde; Materiais Educativos e de Divulgação; Envelhecimento Saudável.Resumen
Introdução: Apesar do potencial dos materiais educativos impressos como estratégias de promoção da saúde, ainda são escassas as evidências sobre sua eficácia em populações idosas no contexto brasileiro. Objetivo: Avaliou-se a eficácia de uma cartilha educativa impressa para o aumento da prática de atividade física entre pessoas idosas. Métodos: Trata-se de um estudo quase-experimental, de abordagem quanti-qualitativa, realizado com 76 idosos participantes de grupos de atividade física em três Unidades Básicas de Saúde do município de Londrina (PR). A intervenção consistiu na entrega de uma cartilha validada, contendo orientações sobre estilo de vida ativo e um programa de exercícios domiciliares, acompanhada de explicações fornecidas por profissionais capacitados. Após a entrega, os participantes tiveram um período de quatro semanas para realizar o programa de forma autônoma, com supervisão semipresencial durante os encontros semanais dos grupos. Para avaliação foram utilizados registros diários e instrumento de autorrelato sobre adesão e barreiras percebidas. A análise quantitativa foi conduzida por meio de estatística descritiva e testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. A análise do grupo focal baseou-se na técnica de análise de conteúdo. Resultados: A cartilha foi lida por 90% (n = 68) dos participantes, com elevada compreensão (97%). A taxa de retenção foi de 53% (40), e a adesão plena de 32% (n = 24), sendo que 60% (n = 14) dos aderentes realizaram os exercícios duas ou mais vezes por semana. Conclusão: Embora a taxa de adesão plena tenha sido moderada, os resultados indicam potencial da intervenção na ampliação do engajamento para a prática de atividade física.
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