Caracterização prospectiva dos casos de ruptura do tendão calcâneo atendidos no setor ambulatorial de fisioterapia do instituto de ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v25i1.7f55Palavras-chave:
epidemiologia; tendão calcâneo; ruptura.Resumo
Objetivo: Analisar as características como prevalência de sexo, idade, predominância do lado acometido, tipo de lesão (aguda ou crônica), causa e abordagem médica nos indivíduos com ruptura do tendão calcâneo que foram tratados no setor de fisioterapia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT-FMUSP) para assim determinar a equivalência com a literatura. Métodos: Análise descritiva e transversal de levantamento de prontuários dos pacientes tratados no setor de fisioterapia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de 2014 a 2019 com ruptura do tendão calcâneo. Foram analisadas as variáveis: idade, sexo, lado acometido, mecanismo de lesão, tratamento médico e tempo de tratamento fisioterapêutico. Resultados: A análise de 88 casos mostrou que a média de idade foi de 39,5 anos, acometendo mais homens 78 casos (88,6%), do lado esquerdo em 49 casos (55,68%) e as lesões foram na maioria agudas com 71 casos (80,7%). Quanto a principal causa da lesão a prática esportiva sobressaiu com 68 casos (77,27%), sendo o futebol o principal esporte com 47 casos (53,40%). O método de tratamento mais escolhido foi o cirúrgico em 81 casos (92,04%) e desta a técnica minimamente invasiva foi optada em 57 casos (64,77%). O tempo de tratamento fisioterapêutico foi em média 4 meses. Conclusão: A ruptura do tendão calcâneo foi mais comum em homens, em idade produtiva que praticavam esportes de forma recreacional, principalmente o futebol.
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