Análise do perfil clínico de obstétrico de nulíparas dos grupos 1 e 2 segundo a classificação de robson: justificativas para realização de cesáreas
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v25i3.1011Palabras clave:
Cesárea; Paridade; Perfil de saúde.Resumen
Objetivo: Avaliou-se as justificativas para realização de cesáreas através da análise do perfil clínico e obstétrico de mulheres dos grupos 1 e 2 segundo a Classificação de Robson. Métodos: A pesquisa foi desenvolvida a partir de um estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado utilizando o banco de dados de mulheres internadas na Maternidade do Hospital Universitário Lauro Wanderley, no período de setembro de 2021 a junho de 2022. Resultados: A amostra foi composta por 45 puérperas acima de 18 anos que passaram pelo parto cesáreo ou vaginal. Foram excluídas as mulheres que realizaram o parto antes das 22 semanas de gestação e prontuários que não obtinham todas as informações necessárias para a pesquisa. Foi identificado um perfil composto majoritariamente por mulheres de até 35 anos, com sobrepeso, em união estável, com ensino médio completo e que exercem trabalho remunerado, para ambos os grupos. A taxa de cesáreas nos grupos 1 e 2 foi de 52,9% (9) e 71,4% (20), respectivamente, sendo possível observar grande quantidade de intercorrências gestacionais e prevalência de indicações absolutas para realização do parto cirúrgico. O perfil sociodemográfico, clínico e obstétrico deste estudo não apresentou, de forma geral, fatores de risco que pudessem influenciar na alta taxa de cesáreas encontrada em ambos os grupos analisados, exceto pela grande quantidade de intercorrências ocorridas durante o período gestacional. Conclusão: As intercorrências gestacionais parecem justificar as taxas de cesáreas identificadas, uma vez que houve prevalência de indicações absolutas em ambos os grupos.
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