Prevalência de queixas musculoesqueléticas em docentes de uma instituição de ensino superior de Foz do Iguaçu
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v25i5.1030Palavras-chave:
Trabalho; saúde do trabalhador; sistema osteomuscular; dor musculoesquelética; docentes.Resumo
Introdução: Estudos destacam que o trabalho é essencial na vida tanto de homens quanto de mulheres, no entanto, quando exercido em situações inadequadas, pode ser prejudicial à saúde. Certos grupos de trabalhadores, devido às suas características ocupacionais, tornam-se mais suscetíveis ao desenvolvimento de dores musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho. Esses distúrbios afetam uma ampla gama de ocupações e são reconhecidos como uma das principais causas de incapacidade relacionada ao trabalho. Objetivo: Analisar a prevalência de queixas musculoesqueléticas em docentes de uma instituição de ensino superior de Foz do Iguaçu. Métodos: O estudo, de natureza observacional, exploratória e transversal com abordagem quantitativa, foi realizado em uma instituição de ensino superior em Foz do Iguaçu, Paraná, com o objetivo de investigar a prevalência de queixas musculoesqueléticas entre os docentes. A coleta de dados ocorreu entre julho e agosto de 2024, por meio de um questionário online, aplicado a 35 docentes, com idades entre 24 e 63 anos, selecionados a partir de critérios de inclusão e exclusão. Foram utilizados três questionários validados: SF-36, Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e a Escala de Estresse Percebido (PSS-10). A análise dos dados foi quantitativa, com os resultados apresentados em porcentagens e médias, descrevendo o perfil sociodemográfico e as áreas mais afetadas pelas queixas musculoesqueléticas. Resultados: Os resultados mostraram que 77,1% (27) dos docentes relataram queixas musculoesqueléticas, com as regiões mais afetadas sendo o pescoço, lombar e ombros. A maioria dos professores (71,4%) (25) ficaram sentados durante a maior parte do tempo de trabalho. Além disso, 62,9% (22) dos participantes tinham entre 24 e 35 anos e 82,9% (29) trabalhavam até 20 horas semanais. Também foi observado que o estresse percebido foi maior entre as mulheres, com uma média de 18,7 na escala PSS-10, em comparação a 15,6 entre os homens. Esses achados destacam a necessidade de intervir. Conclusão: Há uma alta prevalência de queixas musculoesqueléticas entre os docentes, principalmente nas regiões do pescoço, lombar e ombros. Esses problemas estão associados a fatores como postura ambiental e uso excessivo de tecnologia. O estresse percebido, especialmente entre as mulheres, também foi elevado. Com base em nossos resultados, recomendamos a implementação de instruções ergonômicas e programas de gestão de estresse para melhorar a saúde ocupacional e a qualidade de vida dos professores, o que pode ter um impacto positivo.
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