Detecção precoce da disautonomia cardíaca pela manobra de acentuação da arritmia sinusal respiratória de pacientes no estágio B1 da doença de Chagas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62827/fb.v25i2.s757

Palavras-chave:

respiração; frequência cardíaca; cardiomiopatia chagásica; doenças do sistema nervoso autônomo.

Resumo

Introdução: A manobra de acentuação da arritmia sinusal respiratória (ASR) demonstra ser um instrumento conveniente para avaliar a modulação autonômica de indivíduos com cardiomiopatia chagásica crônica (CCC), mesmo com influência medicamentosa, pois o T-cruzi provoca um processo inflamatório gerando lesões nas terminações nervosas cardíacas de pacientes acometidos pela doença de Chagas. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca (FC) em repouso e durante a manobra de acentuação da arritmia sinusal respiratória (M-ASR) em pacientes com CCC estágio B1. Métodos: foram avaliados trinta e seis indivíduos, divididos em grupo CCC, composto por 18 cardiopatas chagásicos, e grupo controle, formado por 18 indivíduos saudáveis. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi coletada batimento a batimento por meio do sistema de eletrocardiografia Wincardio USB, em posição supina por 10 minutos e durante a RSA-M por 6 minutos. Resultados: Observamos maiores valores de significância estatística no grupo Controle para FC média (p = 0,005), IRR (p = 0,007) e piores ajustes autonômicos relacionados ao SD2/SD1 (p = 0,001) em relação ao grupo CCC em posição supina. Porém, avaliando o M-ASR, observamos diferença estatística no delta I-E (p = 0,039) e na razão E/I (p = 0,045) do grupo Controle em relação ao grupo CCC. Conclusão: Pacientes com CCC apresentaram melhor condição cardiovascular e controle da FC em comparação ao grupo de indivíduos saudáveis em repouso. Porém, quando submetidos à M-ASR, os resultados mostraram redução do equilíbrio vagal no controle autonômico de indivíduos com CCC.

Biografia do Autor

  • Diogo Van Bavel, UFRJ

    Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Cardiologia, Grupo de Pesquisa em Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória (GECARE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 

  • Jade Bahia Travassos, UFRJ

    Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Grupo de Pesquisa em Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória (GECARE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 

  • Carla Regina Farias André, UFRJ

    Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Grupo de Pesquisa em Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória (GECARE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil

  • Carla Caroline Ferreira da Silva, UFRJ

    Fisioterapeuta pela Faculdade de Fisioterapia, Grupo de Pesquisa em Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória (GECARE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 

  • Eliete Ferreira Pinto, UFRJ

    Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Cardiologia, Grupo de Pesquisa em Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória (GECARE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 

  • Roberto Coury Pedrosa, UFRJ

    Professor do Programa de Pós-Graduação em Cardiologia, Instituto de Cardiologia Édson Saad, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 

  • Michel Silva Reis, UFRJ

    Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Reabilitação, Coordenador do Grupo de Pesquisa em Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória (GECARE), Faculdade de Fisioterapia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 

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Publicado

06/27/2024

Edição

Seção

Artigos originais

Como Citar

Detecção precoce da disautonomia cardíaca pela manobra de acentuação da arritmia sinusal respiratória de pacientes no estágio B1 da doença de Chagas. (2024). Fisioterapia Brasil, 25(2), 1324-1334. https://doi.org/10.62827/fb.v25i2.s757