Avaliação funcional das fraturas periarticulares do joelho atendidas no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT-HC-FMUSP): estudo transversal retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.62827/fb.v25i3.1006Palabras clave:
Fraturas do joelho; patela; fraturas do planalto tibial; fraturas femorais distais; reabilitação.Resumen
Objetivo: avaliar a capacidade funcional em pacientes com fraturas periarticulares do joelho atendidos no IOT – HC-FMUSP, determinando o mecanismo de trauma e o tipo de fratura mais frequente, bem como associar como a gravidade das fraturas influenciam nas questões funcionais. Métodos: estudo transversal retrospectivo que avaliou 21 pacientes com fraturas periarticulares do joelho (distais de fêmur, patelar, planalto tibial) tratadas cirurgicamente, com idade entre 18 a 59 anos. Os pacientes foram submetidos a uma avaliação que incluiu verificação por goniometria da amplitude de movimento do joelho, teste Timed up ad Go, teste Sit to Stand e questionário Lysholm. Resultados: Os resultados gerais das fraturas foram: TUG: 9,96 ± 4,06; STS: 10,7 ± 3,6 e a escala Lysholm 58,05 ± 24,62 (52% ruim). Os resultados individuais das fraturas foram: Amplitude de movimento de extensão (P: 0 ± 0; DF: 2,5 ± 5; PT: 0,57 ± 1,50) e flexão (P: 137 ± 2,89; DF: 103 ± 13,7; PT: 126 ± 9,79); Timed up and Go (P: 9,51 ± 1,79; DF: 11,7 ± 7,8; PT: 9,55 ± 3,1); Sit to stand (P: 9 ± 3; DF: 10,8 ± 6,4; PT: 11 ± 2,88); Lysholm (P: 54 ± 42,2; DF: 48,3 ± 24,9; PT: 61,7 ± 21,6). As fraturas periarticulares do joelho mais recorrentes foram as fraturas do planalto tibial, 66,7% do total, seguidas pelas fraturas distais do fêmur, 19%, e fraturas da patela, 14,3%. O mecanismo de trauma mais recorrente foi o acidente de veículo automotor, 48% dos casos, onde os homens foram os mais acometidos, 62% dos pacientes. Conclusão: Observou-se que os pacientes com fraturas menos graves, em sua maioria sem lesões associadas, tiveram melhores resultados nos testes funcionais. Os indivíduos com fraturas distais do fêmur apresentaram os piores resultados com relação à capacidade funcional em todas as avaliações, ADM, na Escala Lysholm e nos testes TUG e STS, em comparação às demais fraturas, do planalto tibial e da patela.
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