Impacto de intercorrências físicas e clínicas no tempo de execução de atividades funcionais de membros inferiores em menino com distrofia muscular de Duchenne: estudo de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62827/fb.v25i5.1031

Palavras-chave:

Estudo de avaliação; distrofias musculares; criança.

Resumo

Introdução: O conjunto de atividades funcionais, como o levantar e o sentar no chão e na cadeira, subir e descer escadas e caminhar são fundamentais para independência e mobilidade do paciente e, sua avaliação, de grande relevância clínica para o acompanhamento funcional de crianças com diagnóstico de distrofia muscular de Duchenne. Objetivo: Descrever a relação entre o tempo de execução de atividades motoras funcionais de membros inferiores e intercorrências físicas e clínicas em menino com distrofia muscular de Duchenne (DMD), acompanhado quinzenalmente por período de um ano. Métodos: O participante foi escolhido de um conjunto de 182 prontuários de pessoas com diagnóstico de DMD a partir de exames genéticos, tendo sido critérios de inclusão finalizar o período de um ano realizando as atividades funcionais a serem analisadas, ter frequentado todas as sessões quinzenais de fisioterapia no período de um ano e ter histórico de intercorrências físicas e clínicas na anamnese. Os tempos de execução das atividades funcionais registrados no prontuário foram cronometrados de forma sistemática e foram investigadas as intercorrências como quedas e gripes. Foram coletados dados das atividades de levantar-se do chão e da cadeira, subir e descer escadas e caminhar. Resultados: As intercorrências físicas e clínicas, de grau leve, aumentaram o tempo de execução das atividades com piora temporária nas funções motoras, mas não alteraram o curso progressivo da doença de forma relevante. Após os eventos, os dados retornaram à linha de evolução esperada, característica da DMD. A coleta e interpretação contextualizada dos tempos de execução das atividades motoras foi essencial para a tomada de decisões clínicas imediatas, auxiliando na escolha da intervenção fisioterapêutica adequada para o paciente. Conclusão: A medida do tempo de execução de atividades motoras de membros inferiores foi relevante na compreensão do estado clínico-funcional do paciente no momento da intervenção fisioterapêutica, especialmente quando contextualizado com situações de intercorrências físicas e clínicas. Sugerimos estas medidas de avaliação nas rotinas clínicas de fisioterapia, com foco em, pelo menos, uma das atividades funcionais, visto que, as coletas de várias medidas comprometem o tempo de atendimento na sessão.

Biografia do Autor

  • Fernando Alves Vale , USP

    Mestre, Doutorando, Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, São Paulo, SP, Brasil 

  • Mariana Callil Voos , USP/PUC

    Professora, Doutora, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), Departamento Teorias e Métodos em Fisioterapia e Fonoaudiologia, Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, São Paulo, SP, Brasil 

  • Fátima Aparecida Caromano, USP

    Professora, Doutora, Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Curso de Fisioterapia e Programa  de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação, São Paulo, SP, Brasil 

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Publicado

11/29/2024

Edição

Seção

Relatos de caso

Como Citar

Impacto de intercorrências físicas e clínicas no tempo de execução de atividades funcionais de membros inferiores em menino com distrofia muscular de Duchenne: estudo de caso. (2024). Fisioterapia Brasil, 25(5), 1783-1793. https://doi.org/10.62827/fb.v25i5.1031

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