Termografia infravermelha: Integrando ciência e tecnologia no treinamento desportivo para reduzir lesões

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62827/fb.v25i5.1029

Resumo

Diariamente os atletas são expostos à uma série de sobrecargas físicas que provocam alterações morfológicas no músculo esquelético. E desta forma, o monitoramento da intensidade de treinamento e da progressão de quadros de lesões, se torna uma importante estratégia para ser utilizada nas diferentes modalidades esportivas [1,2].

A detecção das mudanças na temperatura basal vem se destacando como recurso para obter informações sobre o dano muscular, que no qual é baseado em sua relação com a inflamação e alterações do fluxo sanguíneo da pele [3,4]. Para este tipo de análise, a termografia infravermelha vem se destacando cada dia mais no cenário esportivo, pois, tem se mostrado ser uma ferramenta que revela padrões de distribuição da temperatura na pele [5-7], através da distribuição da radiação superficial durante a atividade física [8].

Para os atletas e profissionais envolvidos no treinamento, o conhecimento da temperatura corporal (central) e a temperatura da pele durante uma atividade física, sendo ela intensa ou não, é de grande importância para entender a sustentabilidade do trabalho muscular necessário, bem como para inferir uma possível associação da resposta termorreguladora com o desempenho atlético [6]. Após uma prova, o monitoramento do dano muscular se mostra importante para tentar melhorar a recuperação e assim, reduzir possíveis riscos de lesão [9,10].

Segundo Merla et al [11], este instrumento é capaz de avaliar a adaptação do fluxo sanguíneo cutâneo. Podendo também ser utilizada diariamente para a detecção de sobrecarga muscular, identificação de fadiga [12] e diagnóstico de traumas [13]. Hildebrandt e colaboradores [14] relatam que, as imagens térmicas são amplamente utilizadas...

Biografia do Autor

  • Thatiana Lacerda Nobre, USJT

    Universidade São Judas Tadeu (USJT), São Paulo, SP, Brasil

  • Erico Chagas Caperuto, USJT

    Universidade São Judas Tadeu (USJT), São Paulo, SP, Brasil, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, SP, Brasil

Referências

Nobre, T.L., & Caperuto, E.C. (2024). A termografia infravermelha como aliada na prevenção e diagnóstico de lesões musculoesqueléticas no esporte: Uma revisão narrativa. Leopoldianum. 50 (140), 45-58. https://doi.org/10.58422/releo2024.e1476

Côrte, A.C.R., & Hernandez, A.J. Termografia médica infravermelha aplicada medicina do esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 22, p. 315–9. Jul – Ago. 2016. https://doi.org/10.1590/1517-869220162204160783

Hildebrandt, C., Raschner, C., Ammer, K. An overview of recent application of medical infrared thermography in sports medicine in Austria. Sensors, v. 10, n. 5, p. 4700–4715. May. 2010. https://doi.org/10.3390/s100504700

Priego-quesada, J.I. et al. Effect of a Marathon on Skin Temperature Re-sponse After a Cold-Stress Test and Its Relationship With Perceptive, Perfor-mance, and Oxidative-Stress Biomarkers. International journal of sports physi-ology and performance, v. 15, n. 10, p. 1467–1475. May. 2020. https://doi.org/10.1123/ijspp.2019-0963

Bandeira, F. et al. Pode a termografia auxiliar no diagnóstico de lesões mus-culares em atletas de futebol? Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 18, n. 4, p. 246-251, Jul. 2012. https://doi.org/10.1590/S1517-86922012000400006

Tanda, G. Skin temperature measurements by infrared thermography during running exercise. Experimental Thermal and Fluid Science. v. 71, p. 103–113. Feb. 2016. https://doi.org/10.1016/j.expthermflusci.2015.10.006

Oliveira, S.A.F. et al. Measuring of skin temperature via infrared thermography after an upper body progressive aerobic exercise J. Phys. Educ. Sport, v. 18, p. 184–92. Jan. 2018. https:// doi.org/10.7752/jpes.2018.01024

Hillen, B., Pfirrmann, D., Nagele, M., Simon, P. Infrared thermography in exer-cise physiology: the dawning of exercise radiomics. Sports Med. v. 50, n. 2, p. 263–282. Feb. 2020. https://doi.org/10.1007/s40279-019-01210-w.

Halson, S. L. Monitoring training load to understand fatigue in athletes. Sports medicine, v. 44, p. 139–147. Set. 2014. https://doi.org/10.1007/s40279-014-0253-z

Mujika, I. Quantification of Training and Competition Loads in Endurance Sports:Methods and Applications. International journal of sports physiology and performance, v. 12(Suppl 2), p. S29–S217. Apr. 2017. https://doi.org/10.1123/ijspp.2016-0403

Merla, A., Mattei, P. A., Di Donato, L., Romani, G. L. Thermal imaging of cuta-neous temperature modifications in runners during graded exercise. Annals of biomedical engineering, v. 38, n. 1, p. 158–163. Jan. 2010. https://doi.org/10.1007/s10439-009-9809-8

Côrte, A.C. et al. Infrared thermography study as a complementary method of screening and prevention of muscle injuries: pilot study. BMJ open sport & exercise medicine, v. 5, n. 1. 2019. https://doi.org/10.1136/bmjsem-2018-000431

Korman, P. et al. Changes in body surface temperature during speed endur-ance work-out in highly-trained male sprinters. Infrared Phys. Technol, 78, 209–213. Sep. 2016. https://doi.org/10.1016/j.infrared.2016.08.003

Hildebrandt, C., Zeilberger, K., Ring, E.F.J., Raschner, C. The application of medical infrared thermography in sports medicine. In An International Perspec-tive Topics in Sports Medicine and Sports Injury, p. 257-274. Feb. 2012. https://doi.org/10.5772/28383

Carvalho, G. et al. Correlation between skin temperature in the lower limbs and biochemical marker, performance data, and clinical recovery scales. PloS one, v. 16, n. 3. March. 2021. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0248653

Downloads

Publicado

11/29/2024

Como Citar

Termografia infravermelha: Integrando ciência e tecnologia no treinamento desportivo para reduzir lesões. (2024). Fisioterapia Brasil, 25(5), 1645-1647. https://doi.org/10.62827/fb.v25i5.1029