Fisioter Bras. 2024;25(3):1469-1480
doi:10.62827/fb.v25i3.1000

ARTIGO ORIGINAL

Índice de capacidade para o trabalho de docentes do curso de fisioterapia em instituição de ensino superior na pandemia da COVID-19

Work capacity index of professors of the physiotherapy course in a higher education institution in the COVID-19 pandemic

Thainan Winne Baraúna da Silva1, Juberlânia do Nascimento Matias dos Santos1, Laura de Sousa Gomes Veloso1, Matheus dos Santos Soares1, Emanuelle Silva de Mélo da Nóbrega1

1Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE), João Pessoa, PB, Brasil

Recebido em: 18 de julho de 2024; Aceito em: 23 de julho de 2024.

Correspondência: Juberlânia do Nascimento Matias dos Santos, juberlanianascmatias@gmail.com

Como citar

Silva TWB, Santos JNM, Veloso LSG, Soares MS, Nóbrega ESM. Índice de capacidade para o trabalho de docentes do curso de fisioterapia em instituição de ensino superior na pandemia da COVID-19. Fisioter Bras. 2024;25(3):1469-1480. doi:10.62827/fb.v25i3.1000

Resumo

Introdução: O ensino superior tem se modificado em tecnologia ou em infraestrutura, exigido mais capacitação dos docentes e, consequentemente, aumentado às sobrecargas físicas e mentais. Objetivo: Avaliar a capacidade para o trabalho de docentes do curso de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior particular durante a pandemia da COVID-19, considerando suas condições de saúde. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa. Realizou-se entrevista com 18 docentes do curso de Fisioterapia, durante dois meses. Para a coleta dos dados, foram utilizados: um questionário de caracterização sociodemográfica e o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FACENE (parecer n. 4.373.034). Foram utilizados o teste de Kolmogorov-Smirnov, para verificar a normalidade da distribuição, e o teste de qui-quadrado para verificar a associação entre variáveis. Resultados: Pelo escore do ICT, 55,6% (n=10) dos docentes consideraram sua capacidade para o trabalho boa, de modo que esta esteve associada estatisticamente com uma menor faixa etária (p<0,05). 77,80% (n=14) referiram possuir menos de cinco doenças diagnosticadas, dos quais, 72,20% (n=13) não apresentaram impedimento para a realização do seu trabalho e 66,70% (n=12) relataram não ser preciso se ausentar do trabalho devido a problemas de saúde. Conclusão: É necessário que esses profissionais tenham suporte institucional para otimizar o ICT. Sugere-se investigações para verificar consequências específicas das adaptações e sobrecarga atribuídas após a pandemia da COVID-19.

Palavras-chave: docentes; avaliação da capacidade de trabalho; processo saúde-doença.

Abstract

Introduction: Higher education has changed in technology or infrastructure, requiring more training from teachers and, consequently, increasing physical and mental overload. Objective: To evaluate the work capacity of professors of the Physiotherapy course at a private Higher Education Institution during the COVID-19 pandemic, considering their health conditions. Methods: Observational, cross-sectional study, with a quantitative approach. An interview was carried out with 18 teachers from the Physiotherapy course, over two months. To collect data, the following were used: a sociodemographic characterization questionnaire and the Work Ability Index (WAI). The study was approved by the FACENE Research Ethics Committee (opinion no. 4,373,034). The Kolmogorov-Smirnov test was used to check the normality of the distribution, and the chi-square test was used to check the association between variables. Results: Based on the WAI score, 55.6% (n=10) of teachers considered their work ability to be good, meaning that this was statistically associated with a lower age group (p<0.05). 77.80% (n=14) reported having less than five diagnosed diseases, of which 72.20% (n=13) did not present an impediment to carrying out their work and 66.70% (n=12) reported that it was not necessary to be absent from work due to health problems. Conclusion: It is necessary for these professionals to have institutional support to optimize ICT. Investigations are suggested to verify specific consequences of the adaptations and overload attributed after the COVID-19 pandemic.

Keywords: university professors; work capacity evaluation; health-disease process.

Introdução

A profissão do Professor do Ensino Superior é repleta de responsabilidades e exigências que, somadas a pressões cotidianas e a condições de trabalho inadequadas, como altas jornadas de trabalho, ambientes insalubres e que exijam grandes esforços físicos, tornam os professores susceptíveis a sobrecargas físicas e emocionais, podendo gerar o adoecimento desses profissionais [1]. O ensino superior tem se modificado nos últimos anos, seja em tecnologia ou em infraestrutura, logo, tem exigido mais capacitação dos docentes e, consequentemente, aumentado às sobrecargas físicas e mentais [1].

Nessa perspectiva, como um fator contribuinte para o adoecimento do professor, o próprio envelhecimento, quando associado às sobrecargas exigidas no trabalho e aos hábitos de vida não saudáveis, pode favorecer à ocorrência de limitações às condições de saúde desse profissional [2], influenciando também em uma maior taxa de absenteísmo.

Torna-se importante o conhecimento das condições de saúde dos trabalhadores, uma vez que o adoecimento está diretamente relacionado ao modo de trabalho. As enfermidades apresentadas pelos docentes tanto podem influenciar na capacidade para o trabalho desses profissionais, como podem ter surgido em consequência das próprias atividades laborais [3].

Uma vez conhecida a capacidade para o trabalho dos docentes e entendendo que a saúde é um fator determinante dessa capacidade, os resultados podem alertar para a necessidade de agir em todos os níveis de saúde dos profissionais, sobretudo na prevenção de doenças e promoção da saúde [4], envolvendo e corresponsabilizando os próprios docentes, bem como a própria gestão do local de trabalho.

Nesse sentido, indivíduos que mantêm hábitos saudáveis tendem a ter menos problemas para continuar a trabalhar, tendo em vista que o estilo de vida é um indicador importante para a capacidade de trabalho e que uma boa saúde física e mental evitam o declínio pessoal e profissional [2]. De acordo com Martinez [2], a capacidade para o trabalho está ligada a um envelhecimento bem sucedido, onde prevenir e promover saúde, além de reduzirem incapacidades do indivíduo, aumentam a produtividade do mesmo. Encarando, portanto, como um processo dinâmico entre educação, valores, motivação, comunidade em que vive e ambiente de trabalho, a capacidade para o trabalho pode ser avaliada por meio do índice de Capacidade para o Trabalho (ICT).

Entretanto, a rotina dos docentes durante a pandemia da COVID-19 precisou passar por adaptações com a nova modalidade de ensino, visto que a dedicação de tempo no home office não se resumia em produção das aulas, pesquisas, leituras e produção de material pedagógico [5]. Uniam-se no mesmo espaço aspectos do trabalho, pessoais e familiares, além das inseguranças em saúde e social trazidas pela COVID-19, impactando negativamente o estilo de vida e contribuindo para o desânimo, exaustão, estresse e ansiedade dos docentes [6].

A condição de saúde tem se mostrado como a principal causa do sucesso da atividade docente, desse modo, torna-se necessário avaliar a capacidade para trabalho desses profissionais para que seja possível a identificação de fatores que comprometam a saúde e, assim, permita a proposta de medidas de prevenção dessas doenças ocupacionais, além de melhorias no processo de trabalho [7].

Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar o Índice de Capacidade para o Trabalho de docentes do curso de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior (IES) em João Pessoa – PB, Brasil, durante a pandemia da COVID-19, considerando características sociodemográficas e clínicas desses profissionais.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada na Faculdade de Enfermagem Nova Esperança – FACENE, localizada no município de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O estudo foi realizado com docentes do curso de Fisioterapia da referida IES e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FACENE (CAAE 36622820.4.0000.5179). Foram incluídos todos os professores contratados que estavam exercendo a atividade laboral no período de fevereiro a março para coleta de dados, totalizando 18 docentes.

Foram encaminhados aos docentes, via endereço eletrônico e rede social (WhatsApp), o link correspondente a um formulário eletrônico composto pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e os respectivos instrumentos para a coleta dos dados, que foram: um questionário para caracterização sociodemográfica e laboral dos indivíduos como: hábitos de vida, estado civil, carga horária de trabalho, tempo de profissão, dentre outras e o índice de capacidade para o trabalho (ICT) que consiste em um questionário finlandês onde o próprio trabalhador retrata a sua capacidade para o trabalho e funcional. O questionário é composto por 7 itens, totalizando 10 questões, que são pontuadas com o valor de escore entre 7 a 49 pontos [8]. A coleta dos dados ocorreu entre setembro e outubro de 2020.

Os dados obtidos foram tabelados em planilha do Excel (2007) e analisados através do pacote estatístico SPSS (19.0). Foram utilizados o teste de Kolmogorov-Smirnov, para verificar a normalidade da distribuição, e o teste de qui-quadrado para verificar a associação entre variáveis. Quando a frequência esperada no teste foi inferior a cinco, foi utilizado o Exato de Fisher. Em todas as análises foi considerado um nível de confiança de 95% (p<0,05).

Resultados

Após as análises dos dados, foi observada uma prevalência de docentes do sexo feminino em 61,1% (n=11), com cônjugue em 55,6% (n=10), sem filhos em 61,1% (n=11), com média de idade de 35,8 anos (DP=6,5). Mais características dos participantes do estudo podem ser visualizadas na tabela 1.

Tabela 1 – Caracterização dos docentes incluídos no estudo

n

%

Faixa Etária

25 a 35 anos

11

61,1%

36 a 45 anos

6

33,3%

56 a 65 anos

1

5,6%

Sexo

Feminino

11

61,1%

Masculino

7

38,9%

Estado Civil

Solteiro (A)

6

33,3%

Casado (A)

10

55,6%

Divorciado (A)

2

11,1%

Filhos

Sim

7

38,9%

Não

11

61,1%

Escolaridade

Mestrado

8

44,4%

Doutorado

10

55,5%

Fuma

Não

18

100%

Uso de Álcool

Sim

6

33,3%

Não

12

66,7%

Atividade Física

Não

4

22,2%

Sim

14

77,8%

Insônia

Não

11

61,1%

Sim

7

38,9%

Fonte: dados da pesquisa, 2021.

Na Tabela 2, foram apresentadas características relacionadas ao trabalho dos docentes. A frequência do público conforme as dimensões do ICT e a classificação da capacidade para o trabalho podem ser visualizadas nas tabelas 3 e 4, respectivamente.

Tabela 2 – Aspectos relacionados ao trabalho dos docentes incluídos no estudo

n

%

Formação

Fisioterapia

10

55,60%

Outra Formação

8

44,40%

Há quanto tempo exerce a profissão de professor (meses/anos)

1-3anos

3

16,70%

> 3 anos

15

83,30%

Há quanto tempo exerce a profissão de professor nessa Instituição (meses/anos)

1-3 anos

10

55,60%

> 3 anos

8

44,40%

Como você percebe a carga horária nessa IES?

Cumpro exatamente minha carga horária

8

44,40%

Cumpro mais do que minha carga horária

10

55,60%

Quais os turnos de trabalho nessa IES?

Um turno

1

6%

Dois ou mais

17

94%

Trabalha em outra IES

Sim

13

72,20%

Não

5

27,80%

Se sim, qual?

1 Turno

5

27,80%

Não se Aplica

13

72,20%

Fonte: dados da pesquisa, 2021.

Tabela 3 – Distribuição da população de estudo (%) segundo as dimensões do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT)

n

%

Capacidade Para o Trabalho Atual (Pontos)

5

1

5,6%

7

1

5,6%

8

2

11,1%

9

7

38,9%

10

7

38,9%

Capacidade Atual de Trabalho em Relação às Exigências Físicas

Moderada

4

22,2%

Boa

7

38,9%

Muito boa

7

38,9%

Capacidade Atual de Trabalho em Relação às Exigências Mentais

Moderada

2

11,1%

Boa

10

55,6%

Muito Boa

6

33,3%

Quantidade de doenças diagnosticadas

Nenhuma Doença

2

11,1%

Menos de 5 doenças

14

77,8%

Mais de 5 doenças

2

11,1%

Sua Lesão ou Doença é Impedimento Para o seu Trabalho Atual?

Não tenho impedimento/ Não tenho doença

13

72,2%

Sou capaz de realizar, mais tenho sintomas

3

16,7%

As vezes preciso diminuir ou mudar o método

2

11,1%

Quantos dias inteiros você esteve fora do Trabalho devido a Problemas de Saúde, Consultas ou Exames?

Nenhum

12

66,7%

Até 9 dias

6

33,3%

Considerando sua saúde, você acha que será capaz de daqui a 2 anos fazer seu trabalho atual?

Bastante Provável

15

83,3%

Não Estou Muito Certo

3

16,7%

Recentemente você tem conseguido apreciar suas atividades diárias?

Raramente

1

5,6%

Às vezes

3

16,7%

Quase sempre

7

38,9%

Sempre

7

38,9%

Recentemente você tem se sentido ativo e alerta?

Às vezes

3

16,7%

Quase sempre

10

55,6%

Sempre

5

27,8%

Recentemente você tem se sentido cheio de esperança para o futuro?

Às vezes

6

33,3%

Quase sempre

5

27,8%

Continuamente

7

38,9%

Fonte: dados da pesquisa, 2021.

Tabela 4 – Capacidade para o trabalho dos docentes do estudo, de acordo com o ICT

n

%

Capacidade para o trabalho Ruim

1

5,6%

Capacidade para o trabalho Moderada

6

33,3%

Capacidade para o trabalho Boa

10

55,6%

Capacidade para o trabalho Excelente

1

5,6%

Fonte: dados da pesquisa, 2021.

De acordo com as variáveis analisadas no estudo, apenas a idade teve associação estatisticamente significante com o escore do ICT (p<0,05). De modo que ter a idade entre 25 e 35 anos esteve associado a uma boa capacidade para o trabalho (72,7%) (p-valor=0,02).

Discussão

Considerando a prevalência de docentes do sexo feminino, durante o cenário da pandemia, as docentes passaram a trabalhar de forma home office, onde foi preciso cumprir, além das exigências impostas pela IES, tarefas domésticas, maternas, além da dedicação à família, evidenciando a dupla jornada de trabalho da professora mulher [9].

Durante a nova realidade educacional, houve mudanças, tanto momentâneas, quanto permanentes, no formato das aulas, considerando o uso de tecnologias para aulas remotas, o que tem evidenciado os obstáculos e demandado mais responsabilidades e adaptações dos docentes, frente ao contexto da pandemia da Covid-19. O que levou ao aumento das horas trabalhadas, além dos desafios frente à adaptação do home office [10] .

Nesse sentido, o formato remoto de trabalho docente apresenta índices de agravamento de algumas características como: sobrecarga de trabalho, excesso de controle institucional, sobretudo, devido a falta de capacitação inicialmente para esse tipo de ensino e, principalmente, a responsabilização frente ao fracasso de alunos também nessa adaptação de ensino [11].

O trabalhador docente está exposto a inúmeras fontes de pressão, além da alta carga horária de trabalho, com pouco tempo destinado ao descanso, ritmo intenso de trabalho, estando sujeito a alterações no sistema trabalhista, o que contribui para uma elevação do nível de estresse e consequentemente um comprometimento na qualidade de vida desse público, podendo ocasionar vários distúrbios à saúde [12].

O uso da tecnologia para aulas remotas tem evidenciado os obstáculos e as responsabilidades desses docentes, levando ao aumento de responsabilidades e dificuldades de adaptação [10], o que pode favorecer à ocorrência de transtorno depressivo leve, ansiedade generalizada, síndrome do esgotamento profissional, estresse, entre outras patologias [13].

Apesar de não ter sido evidenciada nesta pesquisa, observou-se em outro estudo [13] a ocorrência de transtornos mentais entre docentes. Foi revelado também que, devido à despreparação de docentes na inclusão de tecnologias digitais e em virtude das cobranças para manter um ensino de qualidade, muitas vezes, o fato desses profissionais não conseguirem atingir as exigências da IES e devido às pressões relacionadas ao manuseio das tecnologias, os mesmos acabam evoluindo para o adoecendo e afastamento do trabalho [13].

A docência é fruto de muito investimento energético e afetivo por parte do professor, sendo considerada pela Organização Internacional do Trabalho como uma atividade de risco, pelo fato de os professores comporem a segunda categoria profissional mais acometida por doenças ocupacionais em nível mundial [14].

Observou-se uma prevalência de docentes com até cinco doenças diagnosticadas, embora estas não tenham sido um impedimento para a realização do trabalho, nem provocado a ausência do trabalho devido a problemas de saúde dentre os docentes entrevistados.

Este estudo abrangeu apenas docentes do curso de Fisioterapia, portanto, os resultados não refletem a situação de saúde global, bem como de capacidade para o trabalho dos demais docentes e cursos da IES. Essa limitação ocorreu em virtude da adaptação dos meios da coleta de dados mediante a pandemia da COVID-19, bem como do pouco tempo para a realização da referida coleta.

No entanto, a iniciativa desta pesquisa, pode subsidiar discussões a nível da gestão da IES e a realização de outros estudos, frente ao cuidado da saúde e aos modos de trabalho do profissional docente, chamando atenção, sobretudo, para a adequação de aulas remotas em cursos da saúde, independente da ocorrência de novos eventos em saúde pública. Embora os professores deste estudo não terem apresentado elevado quantitativo de doenças nem de absenteísmo ao trabalho, tornam-se necessárias investigações recentes para verificar consequências específicas após o fim da pandemia da COVID-19, inclusive, considerando o retorno às aulas presenciais.

Apesar das modificações da forma de ensino durante a pandemia, docentes do curso de Fisioterapia souberam se recompor para que o objetivo de proporcionar conteúdos aos discentes fosse atingido de maneira benéfica e eficiente [15], o que ficou também refletido no bom índice de capacidade para o trabalho observado.

Ressalta-se, contudo, a necessidade de garantia de um suporte institucional que forneça além de recursos materiais e tecnológicos. Torna-se relevante um suporte e sensibilidade pela saúde desses e outros docentes no contexto biopsicossocial, além do acolhimento de queixas e demandas, para preservar e melhorar o índice de capacidade para o trabalho, o que impactará diretamente no rendimento do trabalho, menor nível de afastamento por adoecimento e motivação para o trabalho.

Conclusão

Conclui-se que no quadro de docentes do curso de Fisioterapia da IES, o sexo feminino é o que prevalece, com doutorado e com tempo de profissão acima de três anos. A capacidade para o trabalho foi considerada como boa entre os docentes e não houve impedimento para as atividades laborais, de modo a não gerar índice de absenteísmo na instituição.

No entanto, sugere-se investigações atuais para verificar consequências específicas após o fim da pandemia da COVID-19, devido às adaptações e sobrecarga atribuídas após o fim da pandemia. Além disso, sugere-se que mais pesquisas sejam realizadas, ampliando o público-alvo para todos os docentes de outros cursos da IES, de modo a fortalecer discussões a respeito da vigilância em saúde do professor do ensino superior.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse de qualquer natureza.

Fontes de financiamento

Financiamento próprio.

Contribuição dos autores

Concepção e desenho da pesquisa: Silva TWB; Nóbrega ESM; Coleta de dados: Silva TWB; Nóbrega ESM; Análise e interpretação dos dados: Silva TWB; Nóbrega ESM; Análise estatística: Silva TWB; Nóbrega ESM; Redação do manuscrito: Silva TWB; Nóbrega ESM; Santos JNM; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Nóbrega ESM; Santos JNM; Veloso LSG; Soares MS.

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