Fisioter Bras. 2024;25(2):1301-1311
doi:10.62827/fb.v25i2.5n42

ARTIGO ORIGINAL

O simulador de equitação terapêutico é capaz de promover melhoras nas variáveis relacionadas ao equilíbrio postural de pessoas idosas?

Is the therapeutic riding simulator capable of promoting improvements in variables related to the postural balance of elderly individuals?

Maria Beatriz Silva e Borges1, Raynan dos Santos Ribeiro2, Vitor Gabriel Giuliani Alcantara Carioca3, Felipe Alves Machado1, Alessandra Vidal Prieto3, Marisete Peralta Safons1

1Universidade de Brasília (UNB) Brasília, DF, Brasil

2Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília, DF, Brasil

3Centro Universitário de Brasília (CEUB), Brasília, DF, Brasil

Recebido em: 26 de abril de 2024; Aceito em: 21 de maio de 2024.

Correspondência: Maria Beatriz Silva e Borges, mbeatrizborges@gmail.com

Como citar

Borges MBS, Ribeiro RS, Carioca VGGA, Machado FA, Prieto AV, Safons MP. O simulador de equitação terapêutico é capaz de promover melhoras nas variáveis relacionadas ao equilíbrio postural de pessoas idosas?. Fisioter Bras. 2024;25(2):1301-1311. doi:10.62827/fb.v25i2.5n42

Resumo

Objetivo: Analisar os efeitos do simulador de equitação terapêutico JOBA® no pré e pós-intervenção utilizando os dados estabilométricos, valores de execução do Teste Timed Up and Go (TUG) e escores na Escala de Equilíbrio de Berg. Método: Foram tratadas 18 mulheres com faixa etária 60 a 80 anos de idade, sendo realizadas 12 sessões no simulador de equitação terapêutico JOBA®, no nível 1. Resultados: Houve diferença estatisticamente significativa na distância do deslocamento do centro de pressão das participantes na análise estabilométrica. Além disso, houve uma redução do tempo de execução do TUG, e valores melhores na pontuação da escala de Equilíbrio de Berg das idosas, quando comparados os dados antes e depois da intervenção. Conclusão: o tratamento utilizando o simulador de equitação terapêutico JOBA® se mostrou benéfico na melhora das variáveis relacionadas ao equilíbrio avaliadas, podendo prevenir quedas em pessoas idosas.

Palavras-chave: JOBA®; estabilometria; idosos; prevenção de quedas.

Abstract

Objective: Analyzing the effects of the JOBA® therapeutic riding simulator on pre- and post-intervention using stabilometric data, Timed Up and Go (TUG) test performance, and scores on the Berg Balance Scale. Method: Eighteen women aged 60 to 80 years old were treated with 12 sessions on the JOBA® therapeutic riding simulator at level 1. Results: There was a statistically significant difference in the displacement distance of participants’ center of pressure in stabilometric analysis. Additionally, there was a reduction in TUG execution time and improved Berg Balance Scale scores for elderly women when comparing data before and after the intervention. Conclusion: It is concluded that treatment using the JOBA® therapeutic riding simulator has improved evaluated balance-related variables, potentially preventing falls in elderly individuals.

Keywords: JOBA®; stabilometry; elderly; fall prevention.

Introdução

Envelhecer é o processo natural e contínuo pelo qual todos os seres humanos passam ao longo de suas vidas, e é um processo dinâmico, progressivo e irreversível, ligados intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais. É uma experiência heterogênea que pode ocorrer de modo diferente para indivíduos e contextos históricos distintos, evidenciando a existência de múltiplos padrões de envelhecimento [1].

Entre os problemas mais comuns que afetam essa população, destacam-se as quedas, que podem levar a consequências motoras e emocionais graves, além de serem consideradas um problema de saúde pública significativo no Brasil [2,3]

Dados do Ministério da Saúde mostraram que mais de 165 mil idosos foram hospitalizados no Brasil devido a quedas, gerando um custo de mais de R$ 241 milhões aos cofres públicos, além disso, as quedas em idosos também geram custos indiretos, como a perda de produtividade e a necessidade de cuidadores [4].

Além de tudo isso, as quedas desencadeiam medo, tristeza, depressão e solidão o que cria um ciclo onde o idoso evita sair de casa e movimentar-se pelo medo de cair.

Diversas intervenções têm sido propostas para prevenir as quedas em idosos, incluindo programas de exercícios físicos [5,6] intervenção multicomponente (Rodrigues, et al 2023) ajustes ambientais [8]; Tai Chi Chuan [9] treinamento de resistência e musculação [10] intervenção multidisciplinar [9] fisioterapia [12,2], [13] dança,[14] entre outras.

Estudos de [15,16,17,18] sugerem que o uso de simuladores de equitação terapêutico pode ser uma intervenção promissora para melhorar o equilíbrio, a força muscular e a coordenação em idosos diminuindo assim o risco de quedas.

O simulador de equitação terapêutico é um dispositivo mecânico que simula a experiência de andar a cavalo em um ambiente seguro e controlado. O equipamento é composto por uma plataforma cilíndrica que simula os movimentos de um cavalo em diferentes velocidades e intensidades, proporcionando uma experiência imersiva e realista para o usuário. Os benefícios do simulador de equitação terapêutico para a população idosa incluem melhora da sensibilidade à insulina [19] melhora da dor nas costas [15] a melhoria do equilíbrio, da coordenação, da postura e do fortalecimento muscular, ganhos cognitivos, capacidade funcional além de ajudar a prevenir quedas [20,15,21]. Assim, o simulador de equitação terapêutico é uma intervenção promissora para melhorar a saúde e bem-estar da população idosa.

Investigou-se os efeitos do simulador de equitação terapêutica JOBA® no equilíbrio postural de pessoas idosas.

Métodos

Estudo experimental realizado no Centro de Desenvolvimento Cultural do Paranoá – (CEDEP), Brasília/DF. Foram convidados para participar deste estudo pessoas idosas da comunidade com idade a partir de 60 anos. Primeiramente foram selecionadas todas as senhoras que manifestaram desejo em participar do trabalho e posteriormente aplicados os critérios de exclusão que foram: ter idade inferior a 60 anos, possuir prótese de quadril ou em membro inferior, crise de labirintite não controlada ou qualquer condição clínica como hipertensão arterial ou diabetes não controlados com medicamentos. Assim, das 20 mulheres que demonstraram interesse em participar, todas as 20 mulheres idosas foram selecionadas para o estudo, pois não se enquadraram em nenhum dos critérios de exclusão do estudo.

O presente estudo está de acordo com a Resolução nº 466/2012 e a Resolução nº 510/2016 e obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa na Plataforma Brasil sob CAAE: 60788422.6.0000.0023.

A intervenção com o simulador de equitação terapêutico foi realizada as segundas, quartas e sextas-feiras entre os meses de fevereiro a dezembro de 2022.

Para a coleta de dados foi realizada análise baropodométrica e estabilométrica das participantes por meio da plataforma da marca LorAn Engineering. As voluntárias foram orientadas a permanecer sobre o equipamento por 15 segundos, em posição ortostática, com os membros superiores pendentes ao lado do corpo. Os pés ficaram posicionados de acordo com o conforto e sensação de melhor estabilidade, que durante a aferição foram seguidas as recomendações do fabricante para que os dados fossem gerados no software fornecido. Os dados foram aferidos antes e após a intervenção usando o simulador de equitação terapêutico (JOBA® Modelo EU6310 - National/Panasonic-Japão), e totalizaram 12 sessões no nível 1 (que já vem padronizado no aparelho) cuja cadência corresponde ao passo e trote do cavalo.

Foram realizados ainda o Teste TUG (Timed up and Go), frequentemente usado para avaliar a capacidade em realizar tarefas de forma eficaz, conforme preconizado pelos autores do teste (22). Para realizá-lo as participantes eram orientadas a sentar em uma cadeira com os membros superiores cruzados na região do tronco, levantar-se e caminhar por uma distância de 3 metros e retornar para a cadeira o mais rápido possível. Quanto menor o tempo de execução, melhor é o desempenho no teste.

A Escala de Equilíbrio de Berg foi realizada conforme o protocolo estabelecido (23) para avaliar o equilíbrio e a mobilidade onde as participantes foram orientadas a realizar 14 tarefas, como ficar de pé sem apoio, alcançar objetos no chão e caminhar. Cada tarefa é pontuada de acordo com o desempenho do paciente na qual a pontuação total varia de 0 a 56, sendo 56 a pontuação máxima, representando melhor equilíbrio.

O experimento foi do tipo cego onde todas as intervenções com o JOBA® foram realizadas pela pesquisadora principal, entretanto baropodometria, estabilometria e os demais testes foram realizados por um examinador previamente treinado para isso.

Durante o estudo houve uma perda amostral de duas participantes, portanto, finalizaram o estudo 18 idosas com todas as análises válidas.

Para a análise estatística, inicialmente, as variáveis foram verificadas quanto à distribuição de normalidade por meio do teste Shapiro-Wilk e a homocedasticidade pelo teste de Levene. As variáveis numéricas foram expressas em média ± desvio padrão e as demais variáveis categóricas em frequência absoluta e relativa. Para a análise da velocidade do desvio do Centro de Pressão (COP), os dados não apresentaram distribuição normal, portanto uma estatística não paramétrica (teste de Wilcoxon) foi escolhida para a análise dos dados. As demais variáveis apresentaram o pressuposto de distribuição normal e uma amostra homocedástica, sendo, portanto, executado o teste T pareado para as análises intragrupos. O nível de significância adotado foi de p < 0,05.

Resultados

A tabela 1 apresenta as características da amostra (18 participantes) no que se refere ao estado geral de saúde, doenças referidas, medicamentos utilizados, índice de massa corpórea (IMC), relato de quedas nos últimos 12 meses, etnia, estado conjugal, atividade física e ocupação.

Tabela 1 - Caracterização da amostra do estudo

Características

Número

Porcentagem

Estado Geral de Saúde

Refere doença

11

61%

Saudável

07

39%

Principal doença referida

Doenças Cardiovasculares

09

50%

Doenças Osteomusculares

07

39%

Doenças Neurológicas

01

5%

Dislipidemias

13

72%

Diabetes Mellitus

04

22%

Depressão

08

44%

Medicamentos em Uso

Anti-hipertensivos

16

89%

Antidiabéticos

04

22%

Antidepressivos

09

50%

Diuréticos

06

33%

IMC (kg/m²)

26,5 (média)

Idade

65,3 (média)

Quedas (últimos 12 meses)

Sim

07

39%

Não

11

61%

Etnia

Branca

14

78%

Negra

04

22%

Estado Conjugal

Casada

06

33%

Viúva

07

39%

Solteira

05

28%

Atividade Física

Sim

0

0%

Não

18

100%

Ocupação

Trabalha fora

03

17%

Não trabalha/aposentada

15

83%

Fonte: os autores

Quanto à comparação entre o pré e pós-intervenção utilizando o simulador de equitação terapêutico JOBA®, a tabela 2 apresenta os dados referentes à média das diferenças entre o pré e o pós-intervenção por meio do teste t pareado.

Houve diferença estatisticamente significativa na distância do deslocamento do COP das participantes na análise estabilométrica. Além disso, houve uma redução do tempo de execução do Timed Up and Go e valores melhores na pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg pós-intervenção.

Tabela 2 - Teste de amostras emparelhadas (Teste T pareado)

Média

Desvio Padrão

Erro padrão da média

95% Intervalo de Confiança da Diferença

t

df

Sig

Inferior

Superior

Eixo X (pré) – eixo X (pós)

-,87222

1,84990

,43603

-1,79216

,04771

-2,000

17

,062

Eixo Y (pré) – eixo Y (pós)

-,25667

2,05390

,48411

-1,27805

,76471

-,530

17

,603

Distância (pré) – distância (pós)

49,17778

54,59949

12,86922

22,02609

76,32946

3,821

17

,001*

Velocidade (pré) – velocidade (pós)

1,25000

7,58313

1,78736

-2,52100

5,02100

,699

17

,494

TUG (pré) – TUG (pós)

2,57222

2,35642

,55541

1,40040

3,74404

4,631

17

,000*

BERG (pré) – BERG (pós)

-1,66667

1,23669

,29149

-2,28166

-1,05167

-5,718

17

,000*

Fonte: os autores

* Diferença estatisticamente significativa

O teste T pareado demonstrou, em média, diferença significativa na redução da distância do COP (M: -49,17; DP: 54,59; t( -3,821) = 17; p =0,01), na redução, em segundos do TUG (M: 2,57; DP: 2,35; t(-4,631) = 17; p < 0,001) e aumento na pontuação do Berg (M: 1,66; DP: 1,23; t(5,718)= 17; p < 0,001), mas não evidenciou diferença estatisticamente significativa na redução dos eixos X (M: 0,87; DP:1,84; t(2) = 17; p=0,062) e Y (M: 0,25, DP: 2,05; t(0,53) = 17; p = 0,603) do COP.

A tabela 3 apresenta os dados do teste não paramétrico de Wilcoxon onde demonstrou que não houve diferença estatisticamente significativa entre a velocidade do desvio do COP antes e após a intervenção com o simulador de equitação terapêutico (Z= -1,459; p = 0,145).

Tabela 3 - Estatísticas descritivas – Teste de Wilcoxon

N

Média

Desvio Padrão

Mínimo

Máximo

Percentis

Velocidade pré

Velocidade pós

25th

50th

75th

Z

Sig

Velocidade pré

18

8,7111

4,36360

3,70

21,70

5,0250

8,5500

11,1750

Velocidade pós

18

7,4611

5,36910

3,70

22,60

4,3500

5,3500

7,2500

-1,459

0,145

Fonte: os autores

Discussão

Concluíram a presente pesquisa 18 idosas pelo fato de não ter nenhum indivíduo do sexo masculino participando das atividades desenvolvidas no CEDEP, mesmo porque a maioria dos programas eram voltados para atividades físicas que geralmente são consideradas mais adequadas para as mulheres.

Das participantes do estudo, sete tinham relatos de quedas importantes no último ano, mas a adesão ao tratamento demonstrou que todas tinham noção das consequências desastrosas das quedas em idosos. As repercussões funcionais são claras, quanto maior o receio de cair, maior o grau de dependência para realizar atividades de vida cotidiana [24]. Uma queda pode causar uma redução na funcionalidade ao ponto de perder a independência além de afetar diversos aspectos da vida. Os mesmos autores relatam que a queda é a segunda maior causa de morte e o principal motivo de internação hospitalar em idosos e que podem resultar em fraturas e desencadear o início de um declínio funcional. OLIVEIRA et al., (2021) relata que para manter uma marcha normal e evitar quedas, é necessário a coordenação entre diversas funções: visão, audição, propriocepção, redes neurais intactas, tônus muscular adequado e concentração mental. Os dados obtidos nesta pesquisa corroboram com esses achados, onde a melhor execução do TUG demonstra uma maior mobilidade e agilidade das participantes pós-intervenção evidenciando uma evolução significativa principalmente nas funções proprioceptivas, variáveis ligadas ao sistema musculoesquelético.

O envelhecimento está associado ao comprometimento da marcha, devido à deterioração dessas funções, mas também devido a outros fenômenos como a sarcopenia, ritmo mais lento e passo mais curto. Estudos demonstram que 55% das quedas nos idosos estão relacionadas com alterações da marcha, 32% com alterações de equilíbrio pela diminuição do controle postural. [26]. As informações citadas são reforçadas por meio dos resultados encontrados na presente pesquisa na qual após a intervenção as participantes apresentaram além de uma maior velocidade da marcha, houve um aumento nas pontuações na Escala de Equilíbrio de Berg pós-intervenção o que indica uma melhora no equilíbrio e consequentemente uma redução do risco de queda, melhora na capacidade de realizar atividades cotidianas e melhor qualidade de vida.

Mudanças estruturais musculoesqueléticas, relacionadas com a coluna vertebral, força muscular dos membros inferiores e apoio dos pés, interferem no equilíbrio e na marcha, e expõem os idosos ao risco iminente de quedas. A perda da eficiência biomecânica que se instala na marcha, pode levar o idoso a aumentar sua base de sustentação, adotar passos mais curtos e lentos e a postura compensatória de inclinação anterior do tronco a fim de manter o equilíbrio [27]. No presente estudo foi observado por meio dos dados estabilométricos coletados, uma redução do tamanho da distância percorrida pelo Centro de pressão (COP), ou seja, uma menor oscilação do COP no período pós-intervenção. Esses dados corroboram para os achados citados anteriormente, onde a intervenção proposta foi capaz de tornar as participantes mais estáveis sobre a plataforma o que pode impactar a capacidade das idosas de manter o equilíbrio e prevenir quedas.

Diversas são as modalidades terapêuticas que buscam melhora do equilíbrio e força muscular em idosos visando aumentar a capacidade funcional, cognitiva longevidade e independência funcional. A equitação vem sendo cada dia mais estudada mostrando que por meio dos movimentos tridimensionais do cavalo essa terapia promove melhora no equilíbrio, mobilidade, capacidade de marcha e a força muscular [16]. O simulador de equitação terapêutico JOBA® tem sido utilizado em programas de fortalecimento muscular com idosos há alguns anos demonstrando aumento da força e da contração muscular [28,19], [29]. Ao reproduzir os movimentos do cavalo, os efeitos fisiológicos do simulador são basicamente os mesmos da equitação, promovendo, por meio da movimentação, ajustes posturais que ativarão grupos musculares específicos para a manutenção da postura contra a gravidade [30]. A repetição desses ajustes causará, portanto, fortalecimento muscular principalmente da musculatura pélvica, abdominal e lombar melhorando assim o equilíbrio e o controle postural contra a gravidade [19,28] Estudos mais recentes [18,15,21,31] evidenciam efeitos benéficos no equilíbrio, força muscular e coordenação em idosos o que leva a diminuição do risco de quedas. Dessa forma foi possível observar no presente estudo que as intervenções no simulador de equitação terapêutico JOBA® proporcionou às participantes menores distâncias de oscilação do COP quando comparados os deslocamentos pré e pós-intervenção por meio da estabilometria, apresentando melhora das variáveis que contribuem para menor risco de queda.

Além dos benefícios descritos anteriormente, os encontros com as participantes para as coletas de dados, proporcionou às senhoras oportunidade de socialização, interação, relaxamento, alívio do estresse, aumento da autoestima, compartilhamento de interesses, sentimento de pertencimento e bem-estar emocional.

Apontem as limitações e pontos fortes do estudo.

Conclusão

Nesse estudo, o simulador de equitação terapêutico JOBA® foi capaz de produzir melhora das variáveis relacionadas ao equilíbrio postural de pessoas idosas por meio das análises pós-intervenção que demonstraram diminuição do tempo na execução do teste de TUG, aumento da pontuação da escala de equilíbrio de Berg e menores distâncias de oscilação do centro de pressão, dados que contribuem para menor risco de queda.

É essencial reconhecer que, devido à restrição do tamanho da amostra, mais investigações são necessárias para consolidar os achados e generalizá-los para uma população mais ampla.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse de qualquer natureza

Fonte de financiamento

Financiamento próprio.

Contribuição dos autores

Concepção e desenho da pesquisa: BORGES, M.B.S; SAFONS, M. P. Coleta de dados: BORGES, M.B.S; CARIOCA, V.G.G.A; Análise e interpretação dos dados: MACHADO, F. A; RIBEIRO, R. S; Análise estatística: PRIETO, A. V; MACHADO, F. A; Redação do manuscrito: BORGES, M.B.S; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: RIBEIRO; R. S; SAFONS; M. P; MACHADO, F. A.

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