REVISÃO
Prescrição de exercício físico com foco na qualidade de vida de pacientes com linfedema: uma revisão de escopo
Physical exercise prescription with a focus on the quality of life of patients with lymphedema: A scoping review
Rafaela Farias de Lima1, Luiz Fernando Rodrigues Júnior1
1Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Recebido em: 28 de novembro de 2024; Aceito em: 5 de dezembro de 2024.
Correspondência: Rafaela Farias de Lima, rafaela.fariasdelima@hotmail.com
Como citar
Lima RF, Rodrigues Júnior LF. Prescrição de exercício físico com foco na qualidade de vida de pacientes com linfedema: uma revisão de escopo. Fisioter Bras. 2024;25(6):1915-1932. doi:10.62827/fb.v25i6.1037
Introdução: O Linfedema pode ser primário, devido a malformações congênitas, ou secundário, resultante de obstrução linfática por outras doenças ou sobrecarga hídrica. Isto afeta negativamente a qualidade de vida (QV). O exercício físico é reconhecido mundialmente como fundamental para a melhoria da QV. Contudo, apesar de existir princípios estabelecidos para prescrição de exercícios (frequência, intensidade, tempo, tipo, volume e progressão - FITT-VP), não há consenso na literatura sobre a prescrição ideal no contexto de linfedema e seu impacto na QV. Objetivo: Realizou-se levantamento na literatura para identificar variáveis da prescrição de exercícios e o impacto na QV de pessoas com linfedema. Métodos: Trata-se de uma revisão de escopo com busca nas bases de dados: Pubmed, Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Scielo, os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados, com adultos acometidos com linfedema, submetidos a exercício com desfecho QV. E para critérios de exclusão: gestantes, terapias manuais passivas de forma isolada no grupo intervenção. Resultados: Extraiu-se dados de 15 artigos, 86% (13) deles abordaram o linfedema ocasionado pelo câncer de mama. O exercício físico melhorou a QV em 73 % (11) dos artigos. O exercício que mais teve relação com a melhora da QV foi o resistido, realizado 3x na semana com uma duração entre 40 - 60 minutos e carga entre 60 - 70% de 1RM. Conclusão: O exercício físico pode melhorar a qualidade de vida, principalmente o resistido. Há necessidade de novos estudos para determinar causa-efeito com um protocolo de exercícios utilizando os achados desta revisão.
Palavras-chave: Linfedema, Linfedema Relacionado a Câncer de Mama, Exercício Físico, Qualidade de Vida, Indicadores de Qualidade de Vida
Introduction: Lymphedema can be primary, due to congenital malformations, or secondary, resulting from lymphatic obstruction due to other diseases or fluid overload. This negatively affects quality of life (QoL). Physical exercise is recognized worldwide as fundamental for improving QoL. However, although there are established principles for exercise prescription (frequency, intensity, time, type, volume and progression - FITT-PV), there is no consensus in the literature on the ideal prescription in the context of lymphedema and its impact on QoL. Objective: Thus, the objective of this review was to conduct a survey of the literature to identify exercise prescription variables and the impact on the QoL of people with lymphedema. Methods: This is a scoping review using a search strategy in the following databases: Pubmed, Physiotherapy Evidence Database (PEDro) and Scielo, the inclusion criteria were: Randomized Clinical Trials, with adults affected by lymphedema, submitted to exercise with QoL outcome. E For exclusion criteria: pregnant women, manual and passive therapies alone in the intervention group. Results: We extracted data from 15 articles, 86% of which addressed lymphedema caused by breast cancer. Physical exercise improved QoL in 73.3% of the articles. The exercise that was most related to the improvement of QoL was the resistance exercise, performed 3x a week with a duration between 40 - 60 minutes and load between 60 - 70% of 1RM. Conclusion: Physical exercise can improve quality of life, especially resistance exercise. There is a need for further studies to determine cause-effect with an exercise protocol using the findings of this review.
Keywords: Lymphedema; Breast Cancer Lymphedema; Exercise; Quality of Life; Indicators of Quality of Life.
Segundo o Consenso de 2020 da Sociedade Internacional de Linfologia, o linfedema é uma desordem multifatorial, podendo ser classificado como primário, menos comum e relacionado a deformidades congênitas nos vasos linfáticos, ou secundário, ocasionado por traumas, obstruções no sistema linfático, insuficiência cardíaca direita, cirrose, entre outros fatores que impossibilitem o correto fluxo no transporte da linfa, por conta de depósito de macromoléculas no espaço intersticial [1].
Após o diagnóstico, define-se o tratamento como conservador ou cirúrgico, sendo o tratamento conservador com uso de medicações, terapia de compressão e terapias manuais, como a drenagem linfática [1,2]. O principal e mais citado tratamento conservador para o linfedema é a terapia descongestiva complexa (TDC) que consiste em duas fases, a primeira composta por cuidados com a pele, drenagem linfática manual (DLM), terapia de compressão e exercícios para otimizar o transporte de linfa através da contração muscular. Na segunda fase, o objetivo é manter os ganhos obtidos na primeira fase com os cuidados de pele, terapia de compressão com faixas elásticas, exercícios e DLM quando necessário [1,3].
Apesar do TDC, pacientes com linfedema apresentam sintomas limitantes para as atividades de vida diária que impactam direta e negativamente na QV, sendo o exercício físico um tratamento não farmacológico relevante para melhora da mesma nessa população [3,6]. Tanto a literatura quanto o Consenso de 2020 da Sociedade Internacional de Linfologia ressaltam a importância do exercício físico para melhora da QV nos pacientes com linfedema [3,5], porém, não há documento norteador de como prescrevê-lo para essa população específica.
Por outro lado, a forma mais indicada para a prescrição de exercícios físicos deve contemplar Frequência (quantas vezes na semana se torna necessária a prática de determinada atividade), Intensidade (quão forte será o exercício), Tempo (duração em cada sessão), Tipo (endurance ou resistido, modalidade, flexibilidade ou neuromotor), Volume (quantidade de trabalho realizado em um período de tempo) e Progressão (avanço em qualquer um dos princípios da prescrição) (FITT-VP), conforme descrito pelo American College of Sport Medicine para uma maneira ajustada e eficaz de criar um programa de exercício [6].
Sendo assim, descreveu-se o estado da arte relacionado à prescrição de exercícios físicos com foco na QV de pacientes com linfedema através de uma revisão da literatura.
Este artigo trata-se de uma revisão de escopo, de acordo com Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses - Scoping Review (PRISMA-ScR) [7], conduzida no período de julho de 2023 a julho de 2024. Para estruturação da pergunta de pesquisa foi utilizado a seguinte estratégia: População: Pessoas com linfedema; Exposição: Prescrição de exercício físico; Desfecho: Qualidade de Vida. Gerando o seguinte questionamento: “Como prescrever exercício físico na população com linfedema com foco na qualidade de vida?”. Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados: PubMed, PEDro e Scielo. Para determinar os termos de busca, utilizamos os descritores em saúde (DeCS) do Centro Latino Americano e do Caribe em Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e o Medical Subjects Headings (MESHs) do Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NLM). Tal levantamento foi conduzido a partir de termos específicos e seus sinônimos, os principais termos foram: Lymphedema, Exercises, Physical Activities, Life Quality e Health-Related Quality. Todos os termos semelhantes foram ligados com o operador booleano “OR” e os termos específicos com o “AND”.
Para avaliação de elegibilidade dos artigos, foram lidos inicialmente os títulos de resumos e analisados através dos critérios de inclusão e exclusão pré-determinados. Todos os trabalhos elegidos foram lidos na íntegra para avaliação de inclusão e extração de dados para revisão.
Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados (ECR) que continham em sua amostra pessoas acima de 18 anos, com diagnóstico de linfedema de qualquer origem, que tenham sido submetidas a um programa de exercício físico e que tenham como desfecho primário ou secundário a QV. Foram excluídos estudos com gestantes, terapia manuais, como drenagem linfática, mecanismos de compressão ou intervenção medicamentosa de forma isolada no grupo de intervenção.
Com a aplicação da estratégia de busca nas bases de dados PubMed, PEDro e Scielo, foram encontrados 222 artigos na Pubmed, 7 na PeDro e 0 na Scielo, totalizando 229 artigos, restando 226 após exclusão das duplicadas. Após leitura de títulos e resumos, 184 foram excluídos por não apresentarem critérios de inclusão, restando 42 artigos eleitos para leitura do texto completo, dos quais 27 foram excluídos com bases nos critérios de exclusão, sendo 15 incluídos para análise e extração de dados (figura 1).
Figura 1 - Fluxograma de seleção
A maioria dos estudos foi conduzida após 2010 (93%). No total, foram analisados 1235 pacientes, sendo 0,8 % homens (N= 10 pacientes) e 99,2 % mulheres (N= 1225). O estudo com menor população teve um N de 14, enquanto que o de maior população apresentou um número de 547. Como doença de base, 86% dos estudos avaliaram pacientes com câncer de mama (N= 13) e 14% (N = 2) abordaram causas diferentes para o linfedema, sendo um de câncer ginecológico e o outro de causas primárias e secundárias. No que diz respeito à localização, o linfedema em MMSS apareceu em 86% dos estudos (N= 13) e em MMII 14% (N= 2). O método mais utilizado para avaliar o linfedema foi a análise de circunferência dos membros (66% dos artigos).
Todos os artigos avaliaram a QV como desfecho primário ou secundário por meio de questionários específicos, sendo que do total de 8 questionários diferentes os 3 mais citados foram o European Organisation for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire - Core 30 (EORTC QLQ C-30) (33% estudos), seguido pelo Short Forms (SF-36) ( 26,6% dos estudos) e o European Organisation for Research and Treatment of Cancer Breast Cancer Module - 23 items (EORTC BR-23) (20% dos estudos).
A maioria dos autores (66,6%) prescreveu exercício com uma frequência entre 2 a 3 vezes na semana, o modo mais realizado foi o resistido com 53,3% de indicação. Para a intensidade do modo resistido os autores utilizaram entre 50 a 90% do teste de 1 repetição máxima (RM), a maioria dos autores trabalharam na faixa entre 60 a 70% de 1RM. A maioria dos estudos realizaram o atendimento entre 40 a 60 minutos.
Em 73,3% dos artigos foi observada melhora na QV dos pacientes expostos a um tratamento com exercício físico, com a redução no surgimento de edema ou progressão do linfedema já instalado (66,6%).
Tabela 1 - Extração dos dados
Legenda: ECR= Ensaio Clínico Randomizado; SF-36 = Short Forms / S = sexo / fem = feminino / masc = masculino / GI = Grupo Intervenção / GC = Grupo Controle / NE = Não especificado / MMSS = Membros Superiores / MMII = Membros Inferiores / RM = Repetição máxima / F = frequência / I = Intensidade / Tp = tempo / T = tipo / V = Volume / P = Progressão/ TC6M = Teste de caminhada de seis minutos.
Avaliar a qualidade de vida como desfecho principal é trivial para analisar a percepção do próprio indivíduo com sua saúde em relação à participação na sociedade, bem-estar, saúde mental, entre tantos outros fatores que influenciam diretamente na sua satisfação com a vida [3,6]. Além disso, o olhar clínico para as preferências do paciente é um fator importante para a boa prática baseada em evidências, então saber qual melhor exercício para uma melhor qualidade de vida pode ser uma ótima estratégia de prescrição.
Todos os artigos avaliaram a qualidade de vida através de questionários com sintomas autorrelatados, o questionário mais citado foi o EORTC QLQ C30 [24], criado da década de 90 pela Organização Europeia para Pesquisa e Tratamento do câncer, o mesmo é composto por 30 itens, subdivididos em escalas funcionais, escalas de sintomas e uma escala de qualidade de vida geral. A pontuação varia de 0-100, onde maiores valores correspondem a uma melhor qualidade de vida. Também foram utilizados os questionários Short Forms 36 (SF 36) [25] e o EORTC BR 23 [26], embora exista um questionário específico para qualidade de vida no linfedema, o LYMQOL [27], o mesmo foi utilizado por apenas 2 autores, a explicação pode estar na recente validação do mesmo para a população com oncológicos.
Apesar de termos realizado uma estratégia de busca específica, não houve restrição para a doença de base causadora do linfedema, porém a maioria dos estudos encontrados, relataram o linfedema de origem oncológico. Subentende-se que por se tratar de um tipo de linfedema secundário, o tratamento possa ser semelhante a outras doenças de base. Esse fato pode estar ligado a definições conflitantes na literatura sobre a etiologia do linfedema, principalmente quando correlacionado a insuficiência de outros órgãos, como é o caso da insuficiência cardíaca [28]. Sugerimos uma estratégia de busca específica para edema tecidual relacionado a alterações sistêmicas e de órgãos específicos, como insuficiência renal, hepática e cardíaca.
Os resultados mostraram que existem diferentes modos de exercícios sendo prescritos, porém o mais realizado foi o resistido. Como a linfa é drenada através de movimentos passivos, acredita-se que a contração muscular pode aumentar a drenagem e otimizar o fluxo linfático [3,9]. Apesar de existir uma predominância de indicação para os exercícios com resistência muscular, encontramos resultados satisfatórios também para os exercícios aeróbicos, com cicloergometria [6,16].
A prática de Yoga também trouxe resultados positivos na melhora da qualidade de vida dos pacientes com linfedema [12,17] porém sua prescrição ainda é precária, sem esclarecimento da duração, intensidade, progressão dos movimentos. Esse fato pode trazer dúvidas em relação a aplicabilidade do método como exercício físico, além de prejudicar a reprodutibilidade da estratégia em outros centros. Com a mesma precariedade de descrição dos fatores FITT-VP da Yoga, também observamos que os exercícios aquáticos não foram prescritos seguindo esse princípio, gerando desconfiança sobre o efeito causal na melhora da qualidade de vida [5].
Houve grande discrepância no Volume do exercício (frequência, tempo e intensidade), variando entre 10 minutos 7x por semana (11) e 180 minutos 2x por semana (20), porém os resultados mais favoráveis em relação ao desfecho QV foi um tempo médio de 85 minutos 3x por semana para os exercícios resistidos e 45 minutos 2x por semana para os aeróbicos. O padrão para prescrever a intensidade dos exercícios resistido foi a utilização do teste de 1 RM, a maioria dos autores trabalharam na faixa entre 60-70% de 1RM. Já para a intensidade dos exercícios aeróbicos foi utilizada a percepção subjetiva de esforço e a FC máxima, porém não foi possível obter um padrão por conta da heterogeneidade de prescrição entre os artigos.
Essa revisão concluiu que de acordo com os dados dos artigos analisados, o exercício físico pode estar relacionado com a melhora na QV de pacientes com linfedema secundário, principalmente para os pacientes com câncer. A forma mais citada para prescrição de exercício, com melhora da QV, foi de exercícios resistidos, realizados de 2 a 3 vezes por semana com um tempo entre 40 e 60 minutos de duração por sessão, e com intensidades entre 60 e 70% de 1 RM. Sugerimos novos estudos, como ensaios clínicos randomizados, com protocolos de prescrição de exercício com esses achados para que se confirme efeito causal entre uma prescrição padronizada de exercícios e melhora na QV dos pacientes com linfedema.
Conflitos de interesse
Os autores declaram não haver conflitos de interesse de qualquer natureza.
Fontes de financiamento
Financiamento Próprio.
Contribuição dos autores
Concepção e desenho da pesquisa: Lima RF, Rodrigues Júnior LF; Coleta de dados: Lima RF; Análise e interpretação dos dados: Lima RF; Rodrigues Júnior LF; Análise estatística: Lima RF; Redação do manuscrito: Lima RF; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Rodrigues Júnior LF.
Referências
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