Caracterização epidemiológica dos pacientes internado na unidade de terapia intensiva de referência do Acre no ano de 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62827/eb.v23i2.4010

Palavras-chave:

Unidade de terapia intensiva; epidemiologia; mortalidade.

Resumo

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, estado do Acre. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter descritivo, retrospectivo e documental com abordagem quantitativa a partir de dados de prontuários de paciente com admissão entre janeiro de 2020 e dezembro de 2020. A coleta de dados foi realizada em 869 prontuários, sendo estes utilizados como espaço amostral do estudo. Resultados: Observou-se que o sexo masculino predominou na admissão, 60,07% (522) eram do sexo masculino, enquanto 39,93% (347) do sexo feminino. A média de idade foi de 56,6 anos. Ao dividir idosos e adultos, verificou-se que os idosos representaram 47,87% (416) dos pacientes. Dentre os tipos de ventilação utilizados nos pacientes, o mais utilizado foi a ventilação mecânica 63,5% (558). Ao comparar o tipo de ventilação com o desfecho do atendimento, a ventilação mecânica resultou em 70,4% (393) dos pacientes falecendo e apenas 27,2% (153) recebendo alta com vida. Ao analisar a relação entre sexo e desfecho, o sexo masculino apresentou maior prevalência de altas 59,8% (219), óbitos 60,3% (279) e transferências 60% (24). O desfecho mais frequente foi óbito 52,7% (463), seguido de alta 41,6% (366). Conclusão: No estudo, os homens apresentaram maior proporção de hospitalização, intubação e mortalidade do que as mulheres. A mortalidade foi maior entre os pacientes que necessitaram de ventilação mecânica. Analisando os dados, não se pode afirmar com certeza que o tempo de internação influenciou os desfechos dos pacientes.

Biografia do Autor

  • Gabriele da Silva Pais de Assis, UFAC

    Enfermeira pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Residente em Terapia Intensiva, Rio Branco, AC, Brasil 

  • Laura Lima de Souza, UFAC

    Graduanda de Enfermagem da Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brasil 

  • Bruno Santos Germano, UFAC

    Graduando de Medicina da Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brasil 

  • Pedro Henrique Macedo Leitão, UFAC

    Enfermeiro pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Mestrando em Saúde Coletiva Pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brasil 

  • Kleyton Goes Passos, Universidade Federal do Acre

    Bacharel em Enfermagem. Especialização em Terapia Intensiva; Especialização Saúde Coletiva com Ênfase na Estratégia Saúde da Família; Especialização Enfermagem do Trabalho e Especialização Acupuntura. Mestre em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local - EMESCAM. Doutor em Ciências (área de concentração Enfermagem) pela Universidade Federal de São Paulo UNIFESP. Professor Adjunto III e pesquisador dos Cursos Bacharelado em Enfermagem e Bacharelado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre Ufac. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação Saúde Coletiva - PPGSC (Stricto Sensu - Mestrado/Doutorado). Membro do colegiado e Núcleo docente Estruturante do Curso Bacharelado em Saúde Coletiva. Líder do Grupo de pesquisa: Grupo de Pesquisa em Epidemiologia de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Emergentes da Amazônia Ocidental - GPEDATEAO e Membro dos Grupos de pesquisa: Saúde na Floresta e Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Cultura/GEPEC. Integrante do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior/ BASis/INEP. Atualmente desenvolve pesquisa na área de qualidade de vida, segurança do paciente e profissionais da saúde e educação. Atua como consultor ad hoc de diferentes revistas nacionais e internacionais.

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Publicado

2024-07-27

Edição

Seção

Artigos originais

Como Citar

Caracterização epidemiológica dos pacientes internado na unidade de terapia intensiva de referência do Acre no ano de 2020. (2024). Enfermagem Brasil, 23(2), 1546-1558. https://doi.org/10.62827/eb.v23i2.4010

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