Fatores associados a funcionalidade familiar em idosos hospitalizados
DOI:
https://doi.org/10.62827/eb.v23i2.4005Palavras-chave:
Enfermagem; família; hospitalização; saúde do idoso.Resumo
Objetivo: Analisar a funcionalidade familiar dos idosos hospitalizados e sua possível associação com a capacidade funcional. Métodos: Estudo observacional, com abordagem quantitativa, desenvolvido em um hospital de ensino brasileiro de grande porte. Como instrumentos de coleta dos dados utilizou-se questionário sociodemográfico, clínico e as Escalas de Katz, Lawton, Mini Exame do Estado Mental, depressão geriátrica e APGAR da família. Resultados: Participaram da pesquisa 233 idosos. A maioria deles eram do sexo masculino (147-63,1%), com idade entre 60 e 70 anos (127-54,7%), com hipertensão arterial sistêmica (155-66,5%), eles eram independentes para realizar ABVD (110-47,2%), com cognição preservada (156-67,0%), sinais de depressão (180-77,3%) e boa funcionalidade familiar (138-59,2%). A incidência da disfunção familiar foi maior para idosos que moravam sozinhos (27-61,4%), não praticavam nenhuma religião (22-59,5%) e que possuíam diabetes (42-58,3%). Conclusão: Há associação entre disfunção familiar e o fato de os idosos possuírem diabetes mellitus, morarem sozinhos e não praticarem religião.
Referências
Borba Filho LFS, Siviero PCL, Myrrha LJD. O impacto demográfico e seus diferenciais por sexo nos custos assistenciais da saúde suplementar no Brasil. Cienc Saude Coletiva. 2022;29:28-39
Mendonça LF. Depressão geriátrica: revisão sistemática da literatura. Rev Geriatr Gerontol. 2021;24(2). doi:10.4181/geri.2021.e210022
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. 2019. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101629_informativo.pdf. Acesso em: 26 mar. 2023.
Pinheiro GML, Alvarez AM, Pires DEP. A configuração do trabalho da enfermeira na atenção ao idoso na Estratégia de Saúde da Família. Cien Saude Colet. 2012;17(8):2105-2115. doi:10.1590/S1413-81232012000800021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/tzB5FLgDv7HSykYFCLsM6sF/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 jun. 2022.
Girondi JBR, et al. Estudo do perfil de morbimortalidade entre idosos. Rev Enferm UFSM. 2013;3(2):197-204. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/bdenf/2013/bde-25028/bde-25028-037.pdf. Acesso em: 25 jun. 2022.
Amaral ACS, et al. Perfil de morbidade e de mortalidade de pacientes idosos hospitalizados. Cad Saude Publica. 2004;20(6):1617-1626. doi:10.1590/S0102-311X2004000600020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/kH4Fqj8rvLLbszf3FKKZcFS/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2022.
Cristo GO, Pernambuco ACA. The impact of functionality on the mortality of elderly patients admitted to a General Hospital. Einstein. 2009;7(3):266-270. Disponível em: http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/1228-Einstein%20v7n3p266-70.pdf. Acesso em: 02 jun. 2022.
Araújo IM, Paúl C, Martins MM. Cuidar das famílias com um idoso dependente por AVC: Do hospital à comunidade–Um desafio. Rev Enferm Referência. 2008;2(7):43-53. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=388239954006. Acesso em: 22 jun. 2022.
Ramos G, et al. Fragilidade e funcionalidade familiar de idosos da Atenção Domiciliar: estudo transversal analítico. Acta Paul Enferm. 2022;35:1-9. doi:10.37689/acta-ape/2022AO009234. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/DbwBGBj9Qd5ZyGpPYqpGBPb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 mai. 2022.
De Vasconcelos Torres G, et al. Funcionalidade familiar de idosos dependentes residentes em domicílios. Aval Psicol. 2009;8(3):415-423. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v8n3/v8n3a13.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
Almeida L, et al. Cuidado realizado pelo cuidador familiar ao idoso dependente, em domicílio, no contexto da estratégia de saúde da família. Texto Contexto Enferm. 2012;21(3):543-548. doi:10.1590/S0104-07072012000300008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/RGJC3mFyr5zyj3bzsrjT9hM/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 21 jun. 2022.
Brasil. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. Acesso em: 20 jun. 2022.
Loyola Filho AI, et al. Causas de internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiol Serv Saude. 2004;13(4):229-238. doi:10.5123/S1679-49742004000400005. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v13n4/v13n4a05.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
Rocha FCV, et al. Profile of elderly patients admitted to the hospital emergency. Rev Enferm UFPI. 2014;3(3):32-38. doi:10.26694/reufpi.v3i3.1567. Disponível em: https://revistas.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/1567/pdf. Acesso em: 20 jun. 2022.
Rabelo DF, Rocha NMFD, Pinto JM. Arranjos de Moradia de Idosos: Associação com Indicadores Sociodemográficos e de Saúde. Rev Subjetividades. 2020;20(1):1-13. doi:10.5020/23590777.rs.v20iEsp1.e8873. Disponível em: https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/e8873/pdf. Acesso em: 30 jun. 2022.
Esperandio MRG, et al. Envelhecimento e Espiritualidade: O papel do Coping Espiritual/Religioso em Idosos Hospitalizados. Interação Psicol. 2019;23(2):268-280. doi:10.5380/psi.v23i02.65381. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/65381. Acesso em: 13 jun. 2022.
Silva DSM, et al. Doenças crônicas não transmissíveis considerando determinantes sociodemográficos em coorte de idosos. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2021;25(5):1-10. doi:10.1590/1981-22562022025.210204.pt. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/JHbf5DqRjR4zJW8kHtvkYmS/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 14 mai. 2022.
Leite BC, et al. Multimorbidade por doenças crônicas não transmissíveis em idosos: estudo de base populacional. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2020;22(6):1-11. doi:10.1590/1981-22562019022.190253. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/yPJDvn3XN5wbTBp6Scjq9Pz/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 14 mai. 2022.
Manoel MF, et al. As relações familiares e o nível de sobrecarga do cuidador famliar. Esc Anna Nery. 2013;17:346-353. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/43Qvw5rdqmTRhYQsVFLZqVd/abstract/?lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2022.
Ribeiro JP, Rocha SA, Popim RC. Compreendendo o significado de qualidade de vida segundo idosos portadores de diabetes mellitus tipo II. Esc Anna Nery. 2010;14:765-771. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/HVX9CPyyFX6qhWQXwcTjM4Q/abstract/?lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2022.
Pereira KG, et al. Polifarmácia em idosos: um estudo de base populacional. Rev Bras Epidemiol. 2017;20:335-344.
De Araújo Baqueiro KCA, De Oliveira CMS. Polifarmácia em idosos-uma revisão. Rev Ibero-Am Hum Cienc Educ. 2023;9(5):1888-1898.
Marin MJS, et al. Caracterização do uso de medicamentos entre idosos de uma unidade do Programa Saúde da Família. Cad Saude Publica. 2008;24:1545-1555.
Ribeiro TCS, Barros MB de A, Lima MG. Smoking and loneliness in older adults: a population-based study in Campinas, São Paulo State, Brazil. Cad Saude Publica. 2022;38(3):1-11. DOI: 10.1590/0102-311X00093621. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/ntwQn5MFNsvt9DxVKf4Mcqn/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 24 jun. 2022.
Pillon SC, Martins BF, Araújo RP, Silva YRC, Costa JÁ, Ribeiro C. Perfil dos idosos atendidos em um centro de atenção psicossocial: álcool e outras drogas. Esc Anna Nery. 2010;14(4):742-8. DOI: 10.1590/S1414-81452010000400013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/RRgfZjWYZ4XTHSTDFZmwCrw/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 jun. 2022.
Cabral JF, Tavares DM, Dias FA, Nascimento CM, Pegorari MS, Alves AS. Vulnerabilidade e fatores associados em idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Família. Cien Saude Colet. 2019;24(9):3227-36. DOI: 10.1590/1413-81232018249.22962017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/X7yTvBkzRJ7DGv6NqSqmB4r/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 24 jun. 2022.
Nazario MP e S, Lopes CT, Lima DP, Cruz DP, Sousa MRG, Silva MC. Déficit cognitivo em idosos hospitalizados segundo Mini Exame do Estado Mental (MEEM): Revisão narrativa. J Health Sci. 2018;20(2):131-4. DOI: 10.17921/2447-8938.2018v20n2p131-134. Disponível em: https://journalhealthscience.pgsskroton.com.br/article/view/6146/4184. Acesso em: 30 mai. 2022.
Gontijo APS, Silva DCS, Oliveira TC, Caldeira AP. Declínio cognitivo e uso de medicamentos na população de idosos institucionalizados de uma cidade do interior de Minas Gerais, Brasil. Cad Saude Colet. 2022;30:163-72. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cadsc/a/RrXCn99V7THWWbyxQLmrhvB/. Acesso em: 02 jan. 2023.
Martins MB, Boff C, Ávila CT. Desafios da avaliação neuropsicológica: depressão x declínio cognitivo na pessoa idosa. Braz J Health Rev. 2021;4(5):23381-95. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/38429. Acesso em: 18 jun. 2022.
Souza RA, Lima MG, Silva TJP, Barros MB de A, Cesar CLG, Goldbaum M. Funcionalidade familiar de idosos com sintomas depressivos. Rev Esc Enferm USP. 2014;48:469-76. DOI: 10.1590/S0080-623420140000300012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/TWvCnjydDCvYR8LjvTQqfZg/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 27 jun. 2022.
Alonso MAM, Silva EG, Santos VC, Silva JG, Moura GC, Almeida SCS. Quality of life related to functional dependence, family functioning and social support in older adults. Rev Esc Enferm USP. 2022;56:1-9. DOI: 10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0482en. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/cyjfFNKYGLC383SV6HfJFFD/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 20 jun. 2022.
Silva SS, Pinheiro LC, Loyola Filho AI. Internações por condições sensíveis à atenção primária entre idosos residentes em Minas Gerais, Brasil, 2010-2015. Cad Saude Colet. 2022;30(1):135-46. DOI: 10.1590/1414-462X202230010294. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cadsc/a/fKpg4d775tNb93D93RjKMPG/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 jun. 2022.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Liessa Aparecida Vaz, Valeria Nasser Figueiredo, Maria Beatriz Guimarães Raponi, Patrícia Magnabosco, Juliana Pena Porto (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.