A capacidade de autocuidado e a relação com fatores condicionantes básicos de pessoas idosas da comunidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62827/eb.v23i1.9q63

Palavras-chave:

idoso; autocuidado; enfermagem.

Resumo

Objetivo: identificar os fatores condicionantes básicos e de saúde de pessoas idosas da comunidade e relacioná-los com as capacidades de autocuidado. Métodos: estudo transversal. A amostra foi constituída por 1200 pessoas idosas, de ambos os sexos, residentes em quatro cidades localizadas no Sul de Minas Gerais. Para a coleta de dados, utilizaram-se os instrumentos: Caracterização dos Fatores Condicionantes Básicos e de Saúde de Pessoas Idosas e Escala para Avaliar as Capacidades de Autocuidado. Resultados: Da totalidade dos idosos, 58,5% (702) eram do sexo feminino; 88,3% (1059) com idade inferior a 85 anos; 38,0% (456) casados; 61,2% (734) possuíam ensino fundamental completo ou incompleto; 39,2% (470) consideravam possuir boa saúde; 58,0% (696) não praticavam atividades físicas; 96,1% (1153) participavam de atividades sociais e 82,3% (988) não apresentavam alguma incapacidade ou deficiência física. As mulheres apresentaram melhores Capacidades de Autocuidado em relação aos homens (p<0,001); pessoas idosas com poder aquisitivo (superior a três salários-mínimos) alegaram melhor Capacidade de autocuidado (p<0,001); idosos com escolaridade de ensino superior completo apresentaram melhores Capacidades de Autocuidado (p<0,001); as pessoas idosas que praticavam atividades físicas (p<0,001), atividade social (p<0,001); utilizaram recursos físicos (p<0,001) e que perceberam a própria saúde classificada como ótima/muito boa ou boa (p<0,001), exibiram melhores Capacidades de Autocuidado. Conclusão: Os Fatores Condicionantes Básicos intrínsecos e extrínsecos interferiram de maneira positiva na Capacidade de Autocuidado, ou seja, pessoa idosa com alto poder aquisitivo e escolaridade, com prática de atividade física e social e recursos físicos e com ótima condição de saúde.

Biografia do Autor

  • José Vitor da Silva, UNIFAL

    Enfermeiro pela Faculdade Wenceslau Braz, Itajubá, MG; Mestre pela Universidad AuTonoma de Nuevo Leon, Monterrey, México; Doutor em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (USP), Pos-Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo; Universidade São Francisco (USF), Campinas, SP, ESEP Porto, Portugal e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP; Especialista em Geriatria e Gerontologia pela (SBGG), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 

  • Otávio Augusto Fernandes Marques Bianco, UNIFAL

    Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas, MG, Brasil 

  • Eliza de Souza Sampaio, UNIFAL

    Nutricionista Graduada pela Universidade Professor Edson Antônio Velano (UNIFENAS), Especialista em Cuidados Paliativos e Terapia da Dor e em Geriatria e Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC), Mestre em Nutrição e Longevidade pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas, MG, Brasil 

  • Elaine Aparecida Rocha Domingues, UNICAMP

    Enfermeira Graduada pela Faculdade de Enfermagem Wenceslau Braz, Itajubá, MG, Doutora e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil 

  • Anna Gabriela Silva Vilela Ribeiro, FEPI

    Graduada em Educação Física (Bacharelado) pelo Centro Universitário de Itajubá (FEPI), Itajubá, MG; Mestrado e Doutorado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), Piracicaba, SP, Brasil

  • José Jonas de Oliveira, UNIMEP

    Mestre e Doutor em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), Piracicaba, SP, Brasil 

  • Paula Roberta Borges Fernandes , PUC

    Graduada em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, (PUC), e Especialista em Enfermagem Materno Infantil, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), Campinas, SP, Brasil 

  • Agnes Aparecida dos Santos, UNIFEI

    Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade, Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Itajubá, MG, Brasil

Referências

Noronha, JC, Castro L, Gadelha P (org.). Doenças crônicas e longevidade: desafios para o futuro [recurso eletrônico]. Rio de Janeiro: Edições Livres; 2023. 337 p.

Reis DA, Silva MA. da. Perfil sociodemográfico, situação de saúde e práticas de autocuidado dos idosos com Doença Crônica Não Transmissível em um município Amazônico. Revista Eletrônica Acervo Saúde. 2019 Dez; 11(17): 1-8. https://doi.org/10.25248/reas.e1500.2019

Nicolato FV, Couto AM do, Castro EAB. Capacidade de autocuidado de idosos atendidos pela consulta de enfermagem na Atenção Secundária. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro. 2016 Maio/Ago; 6(2): 2199-2211. https://doi.org/10.19175/recom.v6i2.1016

Silva JV da, Reis RD. Capacidade de autocuidado de pessoas idosas hospitalizadas. Enfermagem Brasil, São Paulo, 2020; 19(5): 381-93. https://doi.org/10.33233/eb.v19i5.3968

Ventura MM, Bottino CMC. Avaliação cognitiva em pacientes idosos. In: Netto MP. (org.). Gerontologia. São Paulo: Athene, 2002, p. 174-189.

Silva JV, Domingues EAR. Adaptação cultural e validação da escala para avaliar as capacidades de autocuidado. Arq. Ciênc. Saúde. 2017 Out/dez; 24(4): 30-36. doi.org/10.17696/2318-3691.24.4.2017.686

Meira EC, Reis LA dos, Gonçalves LHT, Rodrigues VP, Philipp RR. Vivências de mulheres cuidadoras de pessoas idosas dependentes: orientação de gênero para o cuidado. Esc Anna Nery [Internet]. 2017;21(2):e20170046. Available from: https://doi.org/10.5935/1414-8145.20170046

Coutinho LSB, Tomasi E. Déficit de autocuidado em idosos: características, fatores associados e recomendações às equipes de Estratégia Saúde da Família. Interface (Botucatu). 2020; 24(Supl. 1): e190578 https://doi.org/10.1590/Interface.190578

Silva GD da, Antunes Júnior J de SR, Ferreira JM do N. Multifatores que prejudicam o autocuidado masculino na prevenção da saúde física e mental: um olhar da psicologia. Revista eletrônica Estácio revista. 2021; 6(3).

Ferreira LV, da Silva MCM, de Castro EAB, de Castro FDB. Busca do autocuidado por idosos na rede de atenção à saúde. Revista Contexto & Saúde. 2017; 17(32): 46-54. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2017.32.46-54

Silva E de C. Ribeiro EM, Figueiredo AFB, Osório NB, Silva Neto LS. Relação entre condições socioeconômicas e o perfil do autocuidado dos idosos Universidade da Maturidade da Universidade Federal do Tocantins. Research, Society and Development, 2022; 11(9): e48311931732. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31732

Orem D. Nursing: Concepts of practice. (5th ed.). In McEwen, M. and Wills, E. (Ed.). Theoretical basis for nursing. USA: Lippincott Williams & Wilkins, 2006.

Guedes MBOG, Lima KC, Caldas CP, Veras RP. Apoio social e o cuidado integral à saúde do idoso. Physis Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2017; 27(4): 1185-1204. https://doi.org/10.1590/S0103-73312017000400017

Nunes JD, Saes M de O, Nunes BP, Siqueira FCV, Soares DC, Fassa MEG, et al.. Indicadores de incapacidade funcional e fatores associados em idosos: estudo de base populacional em Bagé, Rio Grande do Sul. Epidemiol Serv Saúde [Internet]. 2017Apr;26(2):295–304. Available from: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200007

Ribeiro IA, Lima LR, Volpe CRG, Funghetto SS, Rehem TCMSB, Stival MM. Frailty syndrome in the elderly in elderly with chronic diseases in Primary Care. Rev Esc Enferm USP. 2019;53:e03449. [Acessado em 09 de setembro de 2022].https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018002603449.

Almeida L, Bastos PRH. O. Autocuidado do Idoso: revisão sistemática da 444 literatura. Revista Espacios, 2017; 38(28): 3-13.

Downloads

Publicado

2024-05-24

Edição

Seção

Artigos originais

Como Citar

 A capacidade de autocuidado e a relação com fatores condicionantes básicos de pessoas idosas da comunidade. (2024). Enfermagem Brasil, 23(1), 1286-1297. https://doi.org/10.62827/eb.v23i1.9q63