Enferm Bras. 2024;23(2):1633-1648
doi:10.62827/eb.v23i2.4001

REVISÃO

Assistência de enfermagem a idosos em terapia intensiva: uma revisão narrativa de literatura

Helena Brasiel Neiva1, Miguir Terezinha Vieccelli Donoso1, Roberta Vasconcellos Menezes de Azevedo1, Jaqueline Almeida Guimarães Barbosa1

1Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil

Recebido em: 3 de fevereiro de 2024; Aceito em: 18 de abril de 2024.

Correspondência: Helena Brasiel Neiva, helenabrasiel@hotmail.com

Como citar

Neiva HB, Donoso MTV, Azevedo RVM, Barbosa JAG. Assistência de enfermagem a idosos em terapia intensiva: uma revisão narrativa de literatura. Enferm Bras. 2024;23(2):1633-1648. doi:10.62827/eb.v23i2.4001

Resumo

Objetivo: Identificar a produção científica atual acerca da assistência de enfermagem ao paciente idoso em terapia intensiva. Método: Trata-se de uma revisão de literatura, tendo sido utilizados seguintes descritores de busca, nos idiomas português, inglês e espanhol: cuidados críticos; unidade de terapia intensiva; idoso; cuidados de enfermagem; enfermagem. A busca se deu no período de janeiro a março de 2023, nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE via PubMed, Cochrane, Web of Science, Scopus e Embase, com seleção temporal dos anos de 2018 a 2022. Resultados: Foram encontrados 899 estudos, dos quais 12 foram inseridos por atenderem aos critérios de inclusão. Esses estudos abordaram temáticas como cuidados com a pele, delirium, cuidados paliativos, experiências psicológicas, criticidade no atendimento e intercorrências durante institucionalização, e diagnósticos de enfermagem. Conclusão: A literatura mostrou-se escassa quanto à realização de pesquisas envolvendo especificidades da assistência de enfermagem a idosos em terapia intensiva. Faz-se necessário estimular a realização de novos estudos pela enfermagem visando contribuir para o aprimoramento da prática assistencial, considerando as singularidades deste grupo.

Palavras-chave: Cuidados críticos; unidade de terapia intensiva; idoso; cuidados de enfermagem.

Abstract

Nursing care for the elderly in intensive care: a narrative literature review

Objective: Identify the current scientific production about nursing care for elderly patients in the intensive care unit. Method: This is a scope review, and the following descriptors, in English and Portuguese languages, of search: Critical Care. Intensive Care Units. Aged. Nursing care. Nursing. The databases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE via PubMed, Cochrane, Web of Science, Scopus and embase were consulted, in the period from January to March 2023, with temporal selection from the years 2018 to 2022. Results: 899 studies were found, of which 12 were inserted because they met the inclusion criteria. These studies addressed theme such as skin care, Delirium, palliative care, psychological experiences, criticality in care and complications during institutionalization, and use of nursing diagnoses. Conclusion: It was scarce in conduct of research involving specificities nursing care for the elderly in intensive care. It is necessary to encourage the realization of new studies by nursing to contribute to the improvement of care practice for the elderly hospitalized in intensive care units.

Keywords: Critical care; intensive care units; aged; nursing care.

Resumen

Cuidados de enfermería para adultos maiores em cuidados intensivos: uma revisión narrativa de la literatura

Objetivo: Identificar la producción científica actual sobre el cuidado de enfermería en pacientes ancianos en cuidados intensivos. Método: Se trata de una revisión bibliográfica, utilizando los siguientes descriptores de búsqueda en portugués, inglés y español: cuidados críticos; unidad de cuidados intensivos; ancianos; cuidados de enfermería; enfermería. La búsqueda se realizó de enero a marzo de 2023, en la Biblioteca Virtual en Salud (BVS), MEDLINE vía bases de datos PubMed, Cochrane, Web of Science, Scopus y Embase, con una selección temporal de los años 2018 a 2022. Resultados: Se encontraron un total de 899 estudios, de los cuales 12 fueron incluidos por cumplir con los criterios de inclusión. Estos estudios abordaron temas como el cuidado de la piel, el delirio, los cuidados paliativos, las experiencias psicológicas, la criticidad en el cuidado y las complicaciones durante la institucionalización y los diagnósticos de enfermería. Conclusión: La literatura fue escasa en cuanto a las investigaciones que involucran las especificidades de los cuidados de enfermería para adultos mayores en cuidados intensivos. Es necesario incentivar el desarrollo de nuevos estudios por parte de enfermería con el fin de contribuir a la mejora de la práctica asistencial, considerando las singularidades de este grupo.

Palabras clave: Cuidados críticos; unidades de cuidados intensivos; viejo; cuidados de enfermería.

Introdução

O Brasil se encontra em transição demográfica e epidemiológica, decorrente dos processos de industrialização, urbanização, melhora das condições de saúde, crescimento da indústria farmacêutica, dentre outros e consequente aumento da expectativa de vida. Dados mostram uma diminuição das taxas de fecundidade e aumento do quantitativo da população idosa, ocasionando o fenômeno do envelhecimento populacional. Acompanhando esse contexto, modificaram-se também as características dos agravos de saúde predominantes e causas de mortalidade da população, com evolução progressiva de óbitos por doenças cardiovasculares, neoplasias, causas externas e doenças crônico-degenerativas [1].

De acordo com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, um idoso pode ser considerado saudável, ainda que acometido de alguma doença ou condição crônica, uma vez que muitos terão, sendo que os parâmetros de referência mais importantes nessa faixa etária são a manutenção da autonomia e independência. Além disso, destaca que a ocorrência de declínio por si só não deve ser considerada como parte do envelhecimento natural, devendo ser avaliada de forma contextualizada e ampliada, relacionada com as incapacidades funcionais e possíveis indicadoras de fragilidade [2-3]. Dessa forma, a assistência prestada a essa população deve ser voltada a promover o envelhecimento saudável e ativo, com prevenção de incapacidades.

Cabe pontuar que a velhice pode ser a fase mais longa da vida de uma pessoa, e que os idosos compõem um grupo populacional bastante heterogêneo, mesmo dentro da mesma faixa etária, o que decorre de singularidades do contexto da vida de cada um, ao longo de toda a vida [2-3].

É sabido que a assistência prestada pela equipe de enfermagem em unidades de terapia intensiva (UTI) é altamente complexa, requerendo formação especializada, além de aprimoramento constante, tendo em vista o acelerado progresso tecnológico vivido na atualidade e as diferentes possibilidades terapêuticas. Soma-se a isto a diversidade de situações clínicas apresentadas pela população assistida, em estado crítico. Neste cenário, insrerem-sem, ainda, as singularidades necessárias do atendimento a grupos específicos de pacientes, como da população idosa, a qual apresenta, em sua maioria, maior probabilidade de complicações e dificuldades de recuperação [4], e, portanto, maior tempo de hospitalização e das consequências decorrentes dessa situação.

Diante disso, o enfermeiro intensivista necessita somar aos cuidados técnicos inerentes ao paciente em fase aguda, uma abordagem ampliada que contemple as vulnerabilidades do idoso como um todo, atentando-se para a pré-existência de comprometimento dos sistemas funcionais e o surgimento e/ou agravamento de incapacidades ao longo da internação, como a cognitiva, comunicativa, postural, familiar, bem como a incontinência, imobilidade e as iatrogenias, que configuram as chamadas síndromes geriátricas [2].

Na prática profissional, observa-se que os profissionais de saúde que atuam nas UTIs ainda não estão devidamente sensibilizados para as especificidades relacionadas ao atendimento a pacientes idosos, o que pode comprometer a qualidade de vida destes após a alta. Diante desse contexto é que surgiu a inquietação motivadora para a realização deste estudo, que teve por objetivo identificar a produção científica recente acerca da assistência de enfermagem ao paciente idoso em terapia intensiva.

Visa, assim, conhecer como essa temática tem sido enfocada e estudada pelos profissionais enfermeiros, e o que apresentam de evidências que possam ajudar profissionais intensivistas. Espera-se, ainda, identificar lacunas a serem trabalhadas em estudos futuros. Sua realização se justifica pelo aumento progressivo de idosos atendidos nas UTIs, serviços estes que precisam estar devidamente preparados para esse atendimento.

Métodos

Trata-se de uma revisão narrativa de literatura. Esse tipo de estudo, que se configura como uma síntese sobre tema, permite identificar subtemas que têm recebido maior ou menor ênfase na literatura, métodos utilizados, apontar novas perspectivas, consolidar uma área de conhecimento. Esse tipo de revisão é, pois, uma importante fonte de aprimoramento para os profissionais, permitindo atualização em curto período de tempo, além de contribuir com informações que poderão subsidiar novos estudos [5-6].

A pergunta norteadora da pesquisa baseou-se na estratégia do acrônimo PCC (population, concept e contexto), que se trata de um recurso que direciona o estudo. Assim, foram considerados: P- pacientes idosos; C-assistência de enfermagem como fenômeno de interesse; C - unidades de terapia intensiva. Com base nessas definições, foi estabelecida a seguinte questão: o que tem sido produzido de conhecimento específico acerca da assistência de enfermagem ao paciente idoso em terapia intensiva?

A busca bibliográfica foi realizada no período de janeiro a março do ano de 2023 nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrievel System Online) via PubMed, Cochrane, Web of Science, Scopus, Embase, sendo as três últimas via Portal CAPES. É valido dizer ainda que os resultados da base MEDLINE foram excluídos da BVS, visto que foram analisados via PubMed.

Foram utilizados os seguintes descritores na busca, provenientes do Medical Subject Headings (MeSH) e dos Descritores de Ciências da Saúde (DeCS): Cuidados Críticos/Critical Care; Unidades de Terapia Intensiva/Intensive Care Units; Idoso/Aged; Cuidados de Enfermagem/Nursing care; Enfermagem/Nursing. A tabela 1 descreve a estratégia de busca utilizada.

Tabela 1 Estratégias de busca

BASE

ESTRATÉGIA DE BUSCA

BVS

(“Cuidados Críticos” OR “Critical Care” OR “Cuidados Críticos” OR “Soins de réanimation” OR “Cuidado Intensivo” OR “Cuidados Intensivos” OR “Terapia Intensiva” OR “Unidades de Terapia Intensiva” OR “Intensive Care Units” OR “Unidades de Cuidados Intensivos” OR “Unités de soins intensifs” OR “Centro de Terapia Intensiva” OR “Centros de Terapia Intensiva” OR “Unidade de Terapia Intensiva” OR “Unidade de Terapia Intensiva de Adulto” OR “Adult Intensive Care Unit” OR “Adult Intensive Care Units” OR “Intensive Care”) AND (idoso OR aged OR anciano OR sujet âgé OR idosos OR “Pessoa Idosa” OR “Pessoa de Idade” OR “Pessoas Idosas” OR “Pessoas de Idade” OR “População Idosa” OR elderly) AND (“Cuidados de Enfermagem” OR “Nursing Care” OR “Atención de Enfermería” OR “Soins infirmiers” OR “Assistência de Enfermagem” OR “Atendimento de Enfermagem” OR “Cuidado de Enfermagem”) AND ( db:(“LILACS” OR “BDENF” OR “IBECS” OR “LIPECS” OR “CUMED” OR “BINACIS” OR “SES-SP” OR “BIGG” OR “colecionaSUS” OR “BDNPAR” OR “INDEXPSI” OR “MedCarib” OR “SMS-SP”))

Embase

(‘intensive care’ or ‘intensive care unit’) and (aged or elderly) and (‘nursing care’)

MEDLINE/Pubmed; Cochrane, Web of Science; Scopus

(“Critical Care” OR “Intensive Care Units” OR “Adult Intensive Care Unit” OR “Adult Intensive Care Units” OR “Intensive Care”) AND (Aged OR Elderly) AND (“Nursing Care”)

Foram utilizados como critérios de inclusão artigos publicados nos últimos cinco anos (2018-2023), nos idiomas português, inglês e espanhol. A restrição temporal decorreu da intenção de se levantar literatura mais recente sobre o assunto, uma vez que essas são as mais indicadas para fundamentar tomadas de decisão relativas a protocolos clínicos, e considerando a celeridade com que inovações tem chegado ao setor saúde.

Foram excluídos os artigos duplicados entre as bases, os que não possuíam ao menos dois descritores ou sinônimos em seu título, os que não estavam disponíveis gratuitamente na íntegra, e os que não atendiam à questão norteadora. A busca foi realizada entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. A seleção foi feita por dois pesquisadores independentes, sendo que quando houve dúvidas, estes discutiam sobre elas para definição de sua inclusão ou exclusão. Os estudos foram analisados considerando as temáticas abordadas, seus objetivos, características metodológicas, e principais resultados.

Resultados

Foram levantados 899 artigos, sendo que, após análise dos títulos e resumos, chegou-se a 54 artigos. A segunda etapa da seleção foi realizada considerando a leitura dos artigos e atendimento à pergunta de pesquisa, tendo sido considerados elegíveis 12. Ressalta-se que muitos artigos abordavam questões gerais da assistência de enfermagem em terapia intensiva, sem contemplar especificidades da assistência a idosos, foco deste estudo, o que resultou em exclusão de significativo número de artigos.

Diagrama

Descrição gerada automaticamente

Figura 1 - Fluxograma do processo de seleção dos estudos. Belo Horizonte, Brasil, 2021

Os artigos que compõe esse estudo estão no quadro a seguir:

Autor, ano e país

Título

Objetivo

Tipo de estudo e participantes

Principais Resultados

Rosa, et al. (2022) Brasil

Cuidado a idosos em unidade cardiovascular intensiva: estudo convergente assistencial

Analisar a prática educativa acerca do cuidado a idosos internados em Unidade Cardiológica Intensiva, na perspectiva da equipe de Enfermagem

Estudo qualitativo, descritivo, realizado com 8 enfermeiros e 16 técnicos de enfermagem em unidade intensiva cardiovascular.

Verificou-se que a equipe de Enfermagem possui fragilidades na formação profissional relativa à área da gerontologia e, referiu ter dificuldades para prestar cuidado na UTI cardiológica. Os profissionais consideraram que as discussões realizadas instigaram a reflexão da prática e procuraram modificá-la, com atuação mais compreensiva, prestando atenção aos idosos.

Oliveira et al.

(2022)

Portugal

O papel do enfermeiro na prevenção do delirium no paciente adulto/idoso crítico

Conhecer as intervenções de enfermagem na identificação, prevenção e controle do delirium no paciente adulto/idoso crítico.

Revisão integrativa, realizada com amostra de 13 artigos.

Identificaram-se 13 estudos, que apresentam intervenções de enfermagem, maioritariamente não farmacológicas, para prevenção e controle do delirium no paciente adulto/idoso crítico. Destas, evidenciam-se intervenções relacionadas com o ambiente, promoção do sono, intervenção terapêutica precoce, avaliação cognitiva e orientação dos pacientes, intervenções sistematizadas em protocolos, bem como intervenções direcionadas à participação dos familiares, à formação dos enfermeiros e ao ensino dos pacientes. Foram também identificados fatores de risco para o desenvolvimento do delirium e instrumentos de avaliação.

Demir, Seki Oz (2022) Turquia

Experiências psicológicas de pacientes idosos com diagnostico de Covid-19 em cuidados intensivos: Um estudo qualitativo

Determinar as experiências de pacientes idosos com COVID-19 hospitalizados em UTI.

Estudo qualitativo realizado com 15 pacientes idosos com diagnóstico de covid e que tiveram internação em UTI.

Após as entrevistas, quatro temas foram determinados: experiências dos cuidados intensivos, importância dos cuidados de enfermagem, ambiente dos cuidados intensivos e mecanismos de enfrentamento relacionados ao diagnóstico de COVID-19, e realizações pós-cuidados intensivos. Além disso, 13 subtemas foram determinados.

Souza et al. (2021) Brasil

Prevalência de lesões por fricção em adultos e idosos hospitalizados

Identificar a prevalência, os fatores relacionados e classificar as Lesões por Fricção em adultos e idosos hospitalizados.

Estudo de prevalência.

Participaram 148 pacientes. Foram encontradas 29 Lesões por Fricção (média 1,6±0,7) em 18 indivíduos (prevalência de 12,2%). As variáveis idade, pele friável, alimentação por cateter enteral, grau de dependência, uso de anti-hipertensivo, micronutriente, diurético, antidepressivo e de antifúngico foram associadas às lesões na análise bivariada. No modelo final multivariado, anti-hipertensivo RP 2,42 (IC 95% 1,01- 5,77), antidepressivo RP 2,72 (IC 95% 1,1-6,33) e micronutriente RP 4,93 (IC 95% 1,64-14,80) mantiveram relação.

Cardoso et al. (2020) Brasil

Diagnósticos de enfermagem em idosos hospitalizados à luz da teoria do conforto de Kolcaba

Identificar os diagnósticos de enfermagem (DE) em idosos hospitalizados numa UTI; categorizar os diagnósticos conforme as dimensões do conforto (Física, Psicoespiritual, Sociocultural e Ambiental) da teoria de Kolcaba.

Estudo descritivo, transversal de natureza quantitativa. Realizado com 103 registros clínicos de idosos hospitalizados em UTI.

A mediana da idade dos idosos foi de 82 anos e 58,25% eram do sexo feminino. Foi identificada a frequência de 1140 DE distribuídos em 26 títulos e seis domínios da taxonomia NANDA-I. Dos 26 títulos de diagnósticos, 80,77% foram categorizados como pertencentes à dimensão do conforto físico, 11,54% ao conforto sociocultural, 3,58% ao conforto ambiental e 3,58% ao conforto psicoespiritual.

Cruz et al.

(2019)

Brasil

Cuidados de Enfermagem para avaliar, prevenir e tratar a xerose cutânea em pessoas idosas

Identificar os cuidados de Enfermagem realizados por enfermeiros para avaliar, prevenir e tratar a xerose cutânea em pessoas idosas.

Estudo descritivo, quantitativo, realizado com 101 enfermeiros de quatro hospitais.

A maioria afirmou sempre considerar a faixa etária (84,2 %), avaliar a coloração da pele (83,2 %), avaliar o turgor e a elasticidade da pele (64,4 %), buscar a existência de rachaduras (53,5 %), observar a existência de lesões na pele (90,1 %). Dos profissionais participantes, 83,2 % disseram nunca ter usado equipamento para avaliar a hidratação da pele

Pessoa et al (2019) Brasil

Cuidado de enfermagem ao idoso com delirium em UTI

Analisar as evidências da literatura científica acerca do cuidado de enfermagem na prevenção, detecção e manejo do delirium em idosos na UTI.

Revisão integrativa realizada com 6 artigos científicos.

Encontraram-se seis artigos que atenderam ao objetivo do estudo, dos quais emergiram 2 categorias: 1. Prevenção, identificação e manejo do delirium realizado pela equipe de enfermagem à pessoa idosa na UTI; 2. Importância da realização de intervenções educativas com a equipe de enfermagem na UTI.

Ferretti-Rebust ni et al. (2019) Brasil

Nível de agudização, gravidade e intensidade do cuidado de adultos e idosos na admissão em UTI

Caracterizar o nível de agudização, o perfil de gravidade e a intensidade do cuidado em adultos e idosos admitidos em UTI e identificar os preditores de gravidade com sua respectiva capacidade preditiva de acordo com o grupo etário.

Estudo de coorte retrospectiva realizado com 781 prontuários, sendo destes 321 idosos internados em UTI.

Dos 781 casos (41,1% de idosos), 56,2% eram homens com idade média de 54,1±17,3 anos. A carga de doença, a disfunção orgânica e o número de dispositivos foram os preditores associados à maior gravidade entre adultos e idosos, sendo a disfunção orgânica aquele com maior capacidade preditiva (80%) em ambos os grupos. Conclusão: adultos e idosos apresentaram perfil semelhante de gravidade e intensidade do cuidado na admissão na UTI. A disfunção orgânica foi o fator com melhor capacidade para predizer gravidade, em adultos e idosos.

Karaca et al. (2018) Turquia

Uso de contenção física em pacientes idosos: Percepção de enfermeiras em hospital universitário

Identificar percepções sobre o uso de restrição física entre enfermeiros que trabalham em hospitais universitários e investigar se há diferenças entre enfermarias e UTI em termos de percepções de uso de restrições.

Estudo transversal descritivo, realizado com 262 enfermeiros, destes 150 atuantes em UTI.

A pontuação média geral para o PRUQ foi de 4.14. Os enfermeiros identificaram “cair da cama” como a razão mais importante para restringir um paciente e “substituir a observação da equipe” como a razão menos importante. Observou-se que as enfermeiras relataram que o uso de restrições em UTI foram mais comuns do que em enfermarias.

Santos et al.

(2018) Brasil

Intercorrências e cuidados a idosos em unidades de terapia intensiva

Analisar as intercorrências clínicas e os cuidados prestados a idosos em UTI.

Revisão integrativa realizado com amostra final de 19 artigos.

Apresentaram-se os idosos mais suscetíveis às infecções, principalmente respiratória nas UTI, aumento do estresse e ansiedade, acidente vascular encefálico e lesão renal aguda. Sendo assim, tornam-se mais sujeitos a incidentes de segurança, em decorrência do tempo de internação mais prolongado. Observou-se lacuna na discussão dos cuidados de enfermagem aos idosos internados nessas unidades, haja vista que poucas publicações de enfermagem enfatizaram o tema.

Toffolet o et al. (2018) Brasil

Comparação entre gravidade do paciente e carga de trabalho de enfermagem antes e após a ocorrência de eventos adversos em idosos em cuidados críticos

Comparar a gravidade do paciente e a carga de trabalho de enfermagem antes e após a ocorrência de evento adverso moderado e grave em idosos internados em unidades de terapia intensiva.

Estudo comparativo realizado com 315 idosos com idade igual ou superior a 60 anos em UTI de nove hospitais universitários.

Dentre os 315 idosos, 94 (29,8%) sofreram eventos moderados e graves nas unidades de terapia intensiva. Dos 94 eventos, predominou o tipo processo clínico e procedimento (40,0%). A instalação e manutenção de artefatos terapêuticos e cateteres foram as intervenções prevalentes que resultaram em danos fisiopatológicos (66,0%), de grau moderado (76,5%). A média de pontuação da carga de trabalho (75,19%) diminuiu 24 horas após a ocorrência do evento (71,97%, p=0,008) e, a gravidade, representada pela probabilidade de morte, aumentou de 22,0% para 29,0% depois do evento (p=0,045).

Luiz et al. (2018)

Brasil

Cuidados paliativos em enfermagem ao idoso em UTI: uma revisão integrativa

Identificar as principais intervenções e ações da enfermagem ao paciente idoso sob cuidados paliativos em UTI.

Revisão integrativa, realizada com 16 artigos.

A maioria dos artigos foram publicados no ano de 2013, em periódicos de enfermagem geral, emergindo três categorias temáticas: a Enfermagem no alívio da dor e sofrimento em cuidados paliativos, a comunicação como tratamento terapêutico e abordagem multiprofissional em UTI como estratégia de cuidado.

Observou-se uma predominância de estudos sobre temática de cuidado com a pele, com dois estudos (16%), e dois outros sobre delirium (16%), tendo sido estudadas ainda temáticas como cuidados paliativos, necessidades psicológicas, gravidade do paciente, criticidade do atendimento e ocorrência de eventos adversos durante período de institucionalização. Além disso, identificou-se estudos englobando os diagnósticos de enfermagem relacionados a idosos, acerca da formação da enfermagem para lidar com pacientes idosos, e uso de contenção para prevenção de quedas do leito.

Prevaleceram os estudos de revisão integrativa, transversais e descritivos, seguidos por estudos qualitativos, sendo que, nove dos estudos eram brasileiros (75%), seguido da Turquia com dois estudos (16%) e Portugal com um artigo (8%).

Discussão

Os resultados mostraram uma escassez de estudos que abordassem especificidades da assistência de enfermagem a idosos quando em terapia intensiva, e que contemplassem as mudanças fisiológicas envolvidas no processo de envelhecimento. A produção limitada de estudos com esse enfoque pode decorrer de fragilidades na formação dos profissionais enfermeiros, dando indícios de que ainda não se encontram devidamente sensibilizados para o olhar diferenciado que os idosos necessitam, considerando suas vulnerabilidades [4,7].

Conforme identificado em um dos estudos elencados, essas fragilidades para a avaliação do idoso são reconhecidas por profissionais desses serviços, os quais sinalizaram interesse e preocupação em se qualificar por meio de educação continuada sobre o assunto, o que já é um aspecto positivo. Porém, nota-se que a capacitação para esta temática ainda não é uma prioridade das instituições, as quais tendem a focar as capacitações em serviço para a realização de procedimentos técnicos e uso de equipamentos, bem como em metas de segurança. Entretanto, diante do envelhecimento populacional, urge discutir as especificidades do atendimento à população idosa, principalmente entre os pacientes muito idosos, ou seja, com mais de 80 anos, os quais apresentam maiores propensões ao desenvolvimento de incapacidades [8].

Nos estudos selecionados, observou-se que abordaram cuidados específicos relacionados a um dos principais sistemas funcionais, ou com algum agravo/situação de saúde, não tendo sido identificado nenhum estudo que contemplasse a avaliação dos sistemas que mais podem acometer o estado geral dos idosos como um todo. Além disso, observou-se que os cuidados foram debatidos, em sua maioria, com enfoque corretivo, e não preventivo.

Em dois estudos que abordaram a temática dos cuidados com a pele, observou-se um desprendimento significativo de recursos de enfermagem investidos após o surgimento de lesões nos pacientes, os quais, entretanto, não ocorreram com a mesma ênfase em ações preventivas de tais lesões [9,10]. É sabido que os idosos são grupo de risco para a ocorrência de lesões. A literatura mostra que a maioria das ocorrências de lesão por pressão ocorre em idosos, decorrente de fatores como tempo elevado de internação, especialmente em UTI, comorbidades múltiplas, dieta insuficiente e extremos de peso [11], o que sinaliza para uma atenção especial a ser dada para com a prevenção este tipo de lesão nos idosos.

Em relação ao delirium, acometimento relacionado majoritariamente ao sistema cognitivo dos idosos, a literatura sinaliza haver dificuldades da equipe na identificação do fenômeno, principalmente quando associados ao uso de polifarmácia [12]. A ocorrência deste distúrbio neurocomportamental é o mais predominante dentre os idosos internados em UTI, acometendo de 56% a 70% destes pacientes [13]. Os cuidados de enfermagem direcionados ao delirium contemplaram ações tanto preventivas quanto corretivas, dentre elas a manutenção da ambiência adequada para o sono, presença da família, fornecimento de meios de orientação no tempo e espaço e a avaliação cognitiva [14].

Em relação ao uso de contenção, é sabido que só devem ser utilizadas como última alternativa, e com monitoramento frequente do paciente quando contido. Contudo, a restrição física foi justificada pelos enfermeiros como forma de proteção de queda do leito, e de prevenção de retirada de curativos e dispositivos terapêuticos pelos pacientes [15]. Tal contexto sinaliza a necessidade de se olhar de forma atenta para esta situação, e de se considerar o uso de contenção química, em abordagem multiprofissional, sem deixar de se atentar para a maior fragilidade destes pacientes nesta fase de vida.

Alguns estudos discorreram sobre a gravidade de pacientes idosos em UTI, tendo sido pontuado que, apesar das características clínicas de pacientes adultos e pacientes idosos serem semelhantes no momento da admissão em UTI/CTI, os pacientes idosos que sofreram algum evento adverso apresentaram médias de carga de trabalho de enfermagem e risco de mortalidade aumentadas, assim como do tempo de permanência nas unidades [7,16]. São achados que reafirmam a necessidade de se atentar para as singularidades do atendimento à população idosa, o que gera implicações inclusive no dimensionamento de pessoal [7,17].

Cabe pontuar a necessidade da aplicação do Processo de Enfermagem (PE) na prestação da assistência, utilizando-se do raciocínio clínico e julgamento crítico, em prol da elaboração do plano de cuidados individualizado e efetivo. A literatura mostrou que os Diagnósticos de Enfermagem (DE) mais frequentes identificados entre os pacientes idosos em terapia intensiva foram comunicação verbal prejudicada, risco de glicemia instável, disposição para melhora do autocuidado, padrão respiratório ineficaz, mobilidade física prejudicada, integridade da pele prejudicada e risco de infecção [18]. São diagnósticos afins ao que a literatura aponta como as principais fragilidades que os idosos podem apresentar, e considerando o contexto de comorbidades que podem costumam ter.

Nos estudos levantados, identificou-se, ainda, a abordagem de acometimentos do humor do paciente idoso em terapia intensiva, tendo sido contemplado o oferecimento de Cuidados Paliativos (CP), reforçando a importância do profissional enfermeiro como articulador do plano terapêutico prestado pela equipe multiprofissional, assim como na interação da dinâmica familiar com o cenário clínico [19, 20].

Em um dos estudos, os idosos pontuaram suas percepções acerca da atuação dos enfermeiros dentro das UTIs, e como os cuidados recebidos impactaram positivamente na sua recuperação, evidenciado a importância da presença do enfermeiro à beira-leito, bem como da prestação de uma assistência humanizada e individualizada. Os idosos valorizaram os cuidados recebidos, entendendo-os como essenciais e diferenciais, independentemente do prognóstico clínico [٢٠].

O acúmulo de tarefas em um único profissional é fator determinante para a sobrecarga e impactos na qualidade do serviço prestado. É de conhecimento público que enfermeiros atuam não só na assistência ao paciente, exercendo, concomitantemente, funções administrativas e de liderança da equipe de enfermagem, dentre outras atividades. Estudos mostram que os enfermeiros intensivistas têm destinado mais de 40% do tempo a atividades de cuidado indiretas, ou seja, tarefas gerenciais e administrativas, delegando atividades fundamentais da prática assistencial [21]. Cabe pontuar o crescente aumento nas tecnologias assistivas observadas nos últimos anos, e as dificuldades para assegurar o dimensionamento adequado da equipe, por diferentes fatores, como pelas altas taxas de absenteísmos na enfermagem, em detrimento das características do trabalho. Tudo isso dificulta o atendimento das demandas de cuidados integrais de cada paciente pela enfermagem [22].

Não foram identificados estudos que utilizassem escalas específicas para atendimento a pacientes geriátricos, como o IVCF- Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional, o qual propicia a avaliação multidimensional do idoso, considerando os principais sistemas fisiológicos, e que permitem a classificação do grau de fragilidade destes, permitindo a elaboração de um plano de cuidados mais assertivo. Este instrumento, se aplicado na admissão do paciente, permitiria avaliar a situação de saúde do idoso previamente à internação, possibilitando identificar a ocorrência de perdas funcionais ao longo da hospitalização e embasar o planejamento após a alta, visando a recuperação de possíveis fragilidades adquiridas no período [23].

É sabido que a senescência é algo natural e biológico, dinâmico e irreversível, e caracteriza-se por um processo de involução morfológica, com diminuição progressiva da funcionalidade, até que ocorra a morte. Por ser um processo inexorável, os profissionais de saúde, como um todo, precisam ser preparados para atuar considerando as especificidades desta fase. É preciso destacar, dentre outros, a vulnerabilidade aumentada à ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde, visto que o sistema imune também já atua com dificuldades, o que requer ações diferenciadas para os idosos, visando sua proteção, além da propensão à sarcopenia [24-25].

Além disso, as síndromes geriátricas devem estar no radar dos profissionais que cuidam de idosos, com habilidades para reconhecimento precoce dos fatores de risco. Dentre estes estão o baixo nível socioeconômico, a desnutrição, múltiplas comorbidades, sexo feminino, hereditariedade, doenças incapacitantes como demência, doença de Parkinson ou Alzheimer, as quais impactam significativamente na realização das atividades de vida diária (AVD) [26]. Além de serem por si só um fator importante fator de hospitalização, podem desencadear outras incapacidades [27].

Assim sendo, a equipe de enfermagem tem o desafio de atuar em prol de alcançar o melhor desfecho possível para o paciente idoso. Devem atentar-se para a manutenção de sua funcionalidade ou mitigação de perdas funcionais, bem como buscar o restabelecimento das mesmas, logo que possível, principalmente nos pacientes com internação prolongada, diante dos impactos gerados, dentre outros pela imobilidade característica observada nas unidades de terapia intensiva [28].

Este estudo possui como fragilidade o quantitativo limitado de literatura identificada. Esse fato foi resultado de um recorte de grande especificidade. Além de selecionar apenas pacientes idosos, também foi delimitado um setor específico (UTI), além do tempo de publicação. Ainda assim, traz importantes contribuições ao evidenciar a necessidade de se ampliar a realização de pesquisas na área da assistência de enfermagem voltada às especificidades do idoso em estado crítico.

Ademais, cabe destacar a pandemia de Sars-cov-2 (Severe acute respiratory syndrome coronavírus 2) ocasionou um enfoque quase que exclusivo sobre o tema do vírus em questão nas pesquisas ao longo dos últimos três anos, o que pode ter influenciado nos achados. Todavia, a pandemia ressaltou a maior fragilidade dos idosos e maior necessidade de priorização e atenção diferenciada com esse grupo, o qual apresentou as maiores taxas de complicações e mortalidade quando afetados pela COVID-19. Entre os pacientes idosos que permaneceram por muito tempo nas UTIs, alguns persistem com sequelas da hospitalização, com impacto expressivo na qualidade de vida.

Conclusão

Este estudo possibilitou identificar lacunas importantes na produção científica acerca das especificidades da assistência de enfermagem a idosos em terapia intensiva. Os achados dão indícios de que a equipe de enfermagem não está devidamente sensibilizada para as singularidades da atenção ao idoso, considerando suas peculiaridades. Faz-se necessário investir na capacitação dos profissionais, tendo em vista a tendência de se receber cada vez mais idosos e com idades cada vez mais avançadas nestes locais.

Essas fragilidades parecem se dar desde a formação profissional, mas precisam ser revistas considerando o fenômeno do envelhecimento populacional, que vem se dando de maneira célere no Brasil. Além disso, as instituições de saúde e de ensino precisam se articular e investirem em pesquisas na área, visando contribuir para avanços no atendimento a este público, o que requer ações interdisciplinares. A enfermagem precisa ser estimulada e apoiada para desenvolver estudos, o que certamente se refletirá em ganhos para todos, principalmente para os pacientes.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

Fontes de financiamento

Não houve fontes de financiamento.

Contribuições dos autores

Concepção e desenho da pesquisa: Barbosa JAG, Neiva HB. Coleta de dados: Neiva HB. Análise e interpretação dos dados: Neiva HB, Barbosa JAG. Redação do manuscrito: Barbosa JAG, Neiva HB. Análise e intepretação dos dados: Barbosa JAG, Neiva HB. Revisão crítica do manuscrito: Donoso MTV, Azevedo RVM.

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